/

Gigantesca “zona morta” surge perto da costa norte-americana

3

Cientistas da Universidade do Louisiana descobriram uma enorme “mancha morta” no Oceano Atlântico, perto da costa sudeste dos EUA, com uma área de cerca de 20 mil km2.

Uma equipa de cientistas da Universidade do Louisiana descobriu uma enorme “mancha morta” no Golfo do México, perto da costa sudeste dos EUA, com cerca de 20 mil km2 – o equivalente à área de um país como Israel ou do País de Gales.

Estas “zonas mortas” no oceano são zonas marítimas com baixo teor de oxigénio, que se formam devido à contaminação da água por fertilizantes e detritos diversos.

Os nitratos e outros produtos químicos que chegam aos rios e acabam por desaguar nos mares resultam numa reprodução rápida de algas unicelulares, que, quando começam a decompor-se, provocam uma queda acentuada do nível de oxigénio presente na água. A maioria dos animais não consegue sobreviver nessas condições.

Nos últimos anos, os oceanólogos encontram cada vez mais evidências de que o aquecimento global acelera o surgimento destas “zonas mortas”, especialmente nas proximidades da linha do Equador.

Actualmente, estas zonas mortas já representam cerca de 7% dos oceanos. A maior das zonas mortas conhecidas, que está devorar o Golfo de Omã, tem 165 mil km2 – quase duas vezes maior do que Portugal.

De acordo com um artigo publicado por Nancy Rabalais, investigadora da Universidade da Louisiana, uma outra zona morta gigantesca encontra-se ao norte do golfo do México, perto da costa do Texas e do Louisiana.

Mais preocupante ainda é que Nancy Rabalais e colegas descobriram que o tamanho desta enorme “mancha morta” triplicou nos últimos anos e cobre agora uma área semelhante a um pequeno país – quase do tamanho do Alentejo. É a segunda maior zona morta do mundo, a seguir à do Golfo de Omã.

Mas ao contrário de outras zonas semelhantes, que são causadas pelo aquecimento global, esta zona morta, diz a investigadora, é directamente causada pela acção humana.

Segundo alertam cientistas, o rápido crescimento desta “mancha” prova que as pessoas usam cada vez mais fertilizantes e produtos químicos. Se a tendência continuar no futuro, as fronteiras desta “zona da morte” vão crescer ainda mais.

ZAP // Sputnik News / LSU

3 Comments

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.