Ovos aumentam o colesterol? YouTuber come 720 num mês para descobrir

Durante anos, o debate sobre se os ovos aumentam os níveis de colesterol tem sido um tema de discussão entre os especialistas de saúde.

Muitos alertaram para o facto de o consumo excessivo de ovos poder aumentar o LDL, vulgarmente conhecido como “colesterol mau”, que está associado a doenças cardíacas. No entanto, Nick Norwitz, um estudante de doutoramento da Universidade de Harvard, decidiu pôr esta teoria à prova com uma experiência única.

Inspirado pelo documentário de 2004 “Super Size Me”, Norwitz realizou uma experiência de um mês para examinar os efeitos de comer uma grande quantidade de ovos nos seus níveis de colesterol.

O objetivo de Norwitz era simples: determinar de que forma o consumo de ovos afeta os níveis de colesterol, em especial o LDL. Ao longo de 30 dias, o jovem comeu um total de 720 ovos – uma média de 24 ovos por dia, documentando a sua experiência no seu canal de YouTube.

Durante as primeiras duas semanas, Norwitz confiou nos ovos como a sua principal fonte de nutrientes e proteínas. Durante a segunda metade da experiência, introduziu 60 gramas de hidratos de carbono na sua dieta, principalmente de frutas como bananas, cerejas e mirtilos.

Esta adição foi feita para ver se a combinação de ovos e hidratos de carbono teria algum efeito diferente nos seus níveis de colesterol, explica o El Confidencial.

Os resultados foram inesperados. Apesar de ter consumido uns impressionantes 133.200 miligramas de colesterol LDL durante o mês, os níveis de colesterol de Norwitz não aumentaram. Na realidade, os seus níveis de LDL diminuíram.

Inicialmente, Norwitz tinha colocado a hipótese de que, mesmo com uma ingestão tão elevada de ovos, o seu colesterol permaneceria estável. Os resultados pareciam apoiar a sua teoria, desafiando a sabedoria convencional de que o consumo excessivo de ovos leva a um aumento do “colesterol mau”.

Alguns especialistas argumentam que comer demasiados ovos pode aumentar o risco de doenças cardíacas devido aos elevados níveis de colesterol na gema. No entanto, os estudos feitos ao longo dos anos têm apresentado resultados contraditórios.

É importante notar, no entanto, que a experiência de Norwitz não foi um estudo clínico e os resultados devem ser tidos em conta com cautela. Outros fatores, como as condições de saúde individuais, a genética e a dieta geral, desempenham um papel significativo nos níveis de colesterol.

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