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Depois do sucesso do SU7, Xiaomi prepara-se para atacar com seu Y: o novo YU7

Wu Hao / EPA

O fundador da Xiaomi, Lei Jun, na apresentação do seu elétrico SU7 (março de 2024)

O fundador da empresa chinesa de tecnologia Xiaomi, Lei Jun, disse esta sexta-feira que está à procura de formas de acelerar a produção de veículos, após o sucesso da primeira incursão no segmento elétrico, com o modelo SU7.

A Xiaomi lançou o SU7 em março de 2024. As vendas excederam as previsões da empresa. Vendeu 50 mil carros nos primeiros 27 minutos.

O entusiasmo pelo elétrico da Xiaomi foi confrontado com a realidade dos tempos de espera para entrega que chegaram, no início, até sete meses, devido a uma procura inicial esmagadora, evidenciada por quase 89.000 reservas no primeiro dia de pré-encomendas.

A entrada no mercado de veículos elétricos foi uma declaração ousada da Xiaomi contra gigantes da indústria como Tesla e BYD, no maior mercado automóvel do mundo.

E correu tão bem que a empresa agora quer mais.

Depois de ter terminado 2024 com mais de 135 mil unidades vendidas, Lei Jun anunciou nas redes sociais que o objetivo é vender 300 mil veículos em 2025. E espera consegui-lo impulsionado pelo novo YU7.

Se o SU7 era equiparado ao Model 3  da Tesla; o YU7 “é” o Model Y.

“Vou trabalhar com a equipa para procurar formas de acelerar a produção sem comprometer a qualidade ou a segurança”, disse Lei Jun, na rede social X, onde já tinha revelado que estava na fábrica de carros elétricos da empresa.

Após este anúncio, as ações da Xiaomi subiram 4,69% na Bolsa de Valores de Hong Kong.

A Xiaomi assumiu, no final de 2023, o objetivo de se tornar, dentre de 15- 20 anos, um dos cinco maiores fabricantes do mundo.

Para já consta no top 3 de fabricantes de telemóveis, produzindo também dispositivos com ecrã táctil, relógios conectados, auscultadores, trotinetas e motocicletas.

A cotação das ações da empresa tecnológica está em máximos históricos depois de terem mais do que triplicado (+234%) nos últimos 12 meses, encorajadas não só pelo sucesso do SU7, mas também pelas previsões de uma recuperação da procura por produtos eletrónicos.

Isto surge depois do “plano de renovação” multibilionário anunciado pelo Governo da China, para apoiar a troca de artigos antigos por novos. O programa, avaliado inicialmente em cerca de 700 mil milhões de dólares (674 mil milhões de euros), visa incentivar a entrega de bens de consumo – por exemplo, eletrodomésticos – como parte do pagamento de novos bens, estimulando assim a procura interna.

Em janeiro, as autoridades anunciaram que vão incluir telemóveis, computadores e dispositivos inteligentes entre os produtos subsidiados.

Fundada em 2010, a Xiaomi teve uma ascensão meteórica ao oferecer dispositivos topo de gama a preços acessíveis, inicialmente vendendo-os diretamente online.

ZAP // Lusa

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