A Web Summit arranca hoje em Lisboa, em modo presencial, depois de a última edição ter sido ‘online’. A organização espera cerca de 40 mil participantes, segundo revelou, em setembro, Paddy Cosgrave, presidente executivo da cimeira.
O cofundador da Web Summit , Paddy Cosgrave, salientou que, no início, a organização indicava que o número de participantes seria 10 mil, mas nos últimos meses foi crescendo.
“E agora esperamos o máximo de 40 mil pessoas de todo o mundo”, acrescentou Cosgrave em setembro, que falava na conferência de imprensa sobre a edição de 2021 da cimeira tecnológica, que decorre entre hoje e até 04 de novembro. No seu site oficial, o evento anuncia entretanto que a lotação para a edição deste ano está esgotada.
A comediante Amy Poehler, o presidente da Microsoft Brad Smith, a comissária europeia Margrethe Vestager e o jogador de futebol Gerard Pique irão juntar-se aos mais de 1.000 oradores, às cerca de 1.250 ‘startups’, 1.500 jornalistas e mais de 700 investidores, numa cimeira na qual serão discutidos temas como tecnologia e sociedade, entre outros, de acordo com a organização.
“Não poderíamos estar mais animados para voltar pessoalmente. Ver novamente as pessoas a conectarem-se pessoalmente, em segurança, e reviver a magia das interações face a face será incrível”, referiu Cosgrave, num comunicado, em agosto.
Entre os vários oradores está o responsável pela Alexa, da Amazon, Tom Taylor, o jogador de futebol espanhol e campeão mundial Iker Casillas, a portuguesa Daniela Braga, fundadora da DefinedCrowd, que foi convidada para integrar a ‘task-force’ de Joe Biden para a estratégia da inteligência artificial, a presidente executiva da Ofcom, Melanie Dawes, entre outros.
O primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, integram a lista dos primeiros 150 oradores divulgados pela Web Summit.
A Web Summit será o “maior evento de 2021” a ter lugar em Lisboa em 2021 — apesar de o número previsto de visitantes ser este ano de 40 mil, cerca de menos 30 mil do que na última edição presencial, em 2019.
Em entrevista recente ao Expresso, Paddy Cosgrave admite que, com as restrições causadas pela pandemia de covid-19, chegou a recear que o evento acabasse em 2020. “Houve um tempo em que pensei quando é que a Web Summit iria acabar”, diz .
A Web Summit, originalmente Dublin Web Summit, é a maior conferência da Europa na área da tecnologia e inovação, realiza-se anualmente desde 2009. Realizou-se pela primeira vez em Lisboa em 2016, na sua 8ª edição — estando então previstas três edições em Portugal.
Em 2018, a Câmara de Lisboa e a Connected Intelligence Limited, empresa promotora da Web Summit, assinaram um contrato relativo à organização do evento em Portugal até 2028, envolvendo um investimento de 11 milhões de euros anuais – três milhões provenientes dos cofres do município e oito do Executivo nacional.
Passe Web Summit nos transportes públicos
A PSP vai destacar “um forte dispositivo” de agentes de várias valências no âmbito da Web Summit, com a delimitação da zona do Parque das Nações, onde decorrerá a cimeira tecnológica.
A Carris e o Metropolitano de Lisboa, por sua vez, vão disponibilizar um passe Web Summit, de um, três ou cinco dias, e uma carreira dedicada ao evento.
Consoante a escolha do participante, os passes Web Summit podem ser de um dia, três dias ou de cinco dias, com o custo de 9,5 euros, 18,50 euros ou 25 euros, respetivamente, e vão abranger as zonas de Lisboa, Sintra e Cascais.
O passe permite viagens nos transportes públicos de Lisboa, incluindo autocarros, ascensores, comboios, elétricos, elevador e metro.
Já a carreira dedicada ao evento — Huttle Web Summit — vai fazer o percurso entre a Praça de Comércio (Cruzamento Rua da Prata com Rua da Alfândega) e a Estação do Oriente (Av. D. João II), com um intervalo médio de 22,5 minutos.
ZAP // Lusa