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De vulcões a guerras, estes foram os 7 piores anos de sempre para se viver

Ao longo da História, vários episódios terríveis moldaram a vida da população, alguns dos quais consequências até aos dias de hoje. 

Qualquer humano que tenha experienciado a vida na Terra ao longo dos últimos três anos dirá que este foi um período marcado por catástrofes e um enorme espírito de resiliência, face à pandemia da covid-19 e à guerra na Ucrânia.

No entanto, a História da Humanidade está repleta de anos negros e de grande sofrimento para a humanidade, seja por desastres naturais, crises económicas ou doenças que se espalham com enorme facilidade.

1346 — A Peste Bubónica

O ano de 1346 é frequentemente referido como um dos mais nefastos na história, já que representou o período em que a peste bubónica começou a alastrar-se pela Europa. A doença acabou por matar cerca de 75-200 milhões de pessoas ou 30-50% da população da Europa.

Alguns dos sintomas da doença incluíam febre, arrepios, vómitos, diarreia e os bubões indicadores de infeção. Globalmente, a taxa de mortalidade foi de cerca de 50%. Nesta época, as pessoas eram frequentemente enterradas vivas por estarem demasiado doentes para se mexerem.

1918 — Guerra e Gripe Espanhola

O ano de 1918 não foi melhor, pelo menos por duas razões. Primeiro, representou o fim da I Guerra Mundial, um conflito que se estima que tenha resultado na morte de 16 milhões de pessoas.

As boas notícias do fim do conflito não se mantiveram durante muito tempo, já que poucos meses teve início o surto da gripe espanhola, doença que ceifou entre 50 a 100 milhões de vidas, depois de infetar 500 milhões de pessoas.

Viver durante o ano de 1918 significaria, com elevado grau de probabilidade, perder um ente querido ou alguém querido.

1945 — Fim da Guerra

À primeira vista, o fim da II Guerra Mundial seria outro motivo para se festejar. Ainda assim, este não acontecer a qualquer preço.

Só depois dos Estados Unidos da América terem lançado as mais poderosas bombas — matando cerca de 210 mil pessoas — é que os representantes das nações envolvidas no conflito aceitaram colocar termo à Guerra — na qual morreram entre 60 a 80 milhões de pessoas.

No entanto, o fim do conflito não é sinónimo de fim do sofrimento, já que muitos dos efeitos das ações dos decisores políticos acabaram por se prolongar durante anos. Especial destaque para os casos de Hiroshima e Nagasaki.

Por todo o mundo, a população também se deparou com a fome, já que o conflito criou disrupções na produção e na distribuição de comida em todo o mundo.

536 — O Ano em que os vulcões acordaram

Em 536, o mundo atravessava a A Pequena Idade do Gelo da Antiguidade Tardia, um período de arrefecimento planetário e que durou entre 450-700. Estas alterações no clima provocaram igualmente fome e a propagação de doenças.

No entanto, o grande evento aconteceu no norte da Europa, especificamente na Islândia, com a erupção de um vulcão.

Estima-se que esta tenha sido tão grande que pintou os céus de todo o continente de cinzento graças a uma névoa que ali permaneceu durante um ano inteiro.

Devido ao impacto direto deste fenómeno na agricultura, os indivíduos depararam-se com a fome extrema.

Durante o mesmo período, quando o Império Romano ainda vigorava, o seu território foi invadido por um conjunto de invasões bárbaras.

De acordo com os livros de história, o imperador romano Justiniano ficou tão perturbado com tudo o que estava a acontecer que teve um colapso nervoso e faleceu.

O ano de 536 é mesmo considerado o pior ano da história da Humanidade.

1816 — O ano sem verão

O ano de 1816 também merece destaque nesta lista por vários motivos. No sudoeste asiático, mais especificamente na Indonésia, uma erupção vulcânica causou alterações profundas no clima, o que, mais uma vez, se refletiu nas colheitas e na alimentação da população.

Estima-se que 200 mil pessoas tenham perdido a vida devido a estas disrupções.

Mas 1816 não se fica por aqui, já que como consequência destas alterações, uma parte significativa do globo ficou coberta de neve.

Segundo os especialistas, tal deve-se às cinzas e ao pó lançados para a atmosfera, que refletiam a luz solar e faziam com que a temperatura global descesse.

Na Europa, o Inverno de 1816 foi tão mau que nevou em agosto, e as pessoas foram reportadas como tendo congelado.

1630 — O Pesadelo de Roma

Este ano foi especialmente difícil para os habitantes da Cidade Eterna, que viram a sua população diminuir drasticamente como consequência de um surto de peste, que se estima ter matado 20 mil pessoas.

Paralelamente, uma série de terramotos atingiu a cidade, causando ainda mais destruição e desespero. É caso para dizer que sobreviver em Roma, no ano de 1630, foi um autêntico milagre.

1929 — A Grande Depressão

Alguns séculos depois, não foram as doenças, a fome ou a guerra a causar o desespero da população. Na verdade, o grande evento que marcou este ano teve origem na atividade humana: a Grande Depressão.

Tudo começou com o crash da bolsa de Wall Street, o que levou milhões de pessoas aos bancos para levantarem as suas poupanças.

As instituições financeiras acabaram por não resistir, precipitando a economia norte-americana e, posteriormente, a global. Empregos foram perdidos, os sem-abrigos multiplicavam-se e os suicídios sucediam-se.

Foi também um ano em que diversas doenças modernas emergiram, como consequência do estilo de vida pouco saudável.

ZAP //

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