“Vou matar Milei”: Homem detido na sede do Governo da Argentina

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Um homem de 29 anos foi detido, esta quinta-feira, na sede do Governo da Argentina, por declarar que ia “matar o Presidente” Javier Milei.

A polícia argentina deteve um homem que tentou entrar na sede do Governo da Argentina, para alegadamente matar Javier Milei, com um machete.

A ministra da Segurança argentina explicou que uma agente da segurança da Casa Rosada desarmou o homem, ao ver o cabo de madeira do machete dentro de uma mochila que ele trazia.

Numa conferência de imprensa, Patricia Bullrich elogiou os agentes que intervieram no incidente e indicou que o homem foi entregue à polícia da capital, Buenos Aires.

Na rede social X/Twitter, Bullrich acrescentou que o detido se aproximou da sede do Governo da Argentina por volta das 15h45 (quando eram 19h45 em Lisboa) “com um machete e outros elementos cortantes”.

De acordo com o jornal argentino Clarín, o homem trazia discos enferrujados usadoooooos para cortar metal e madeira e, ao ser detido, disse: “Eu sou Deus e vou matar o presidente”.

Mais tarde, o Ministério da Segurança disse que o machete que o homem carregava tinha um comprimento “de aproximadamente 40 centímetros”.

“O detido disse ser argentino, de 29 anos, residente no bairro de Pilar, em Buenos Aires”, indicou o ministério.

Uma juíza de um tribunal da capital ordenou que o homem ficasse em prisão preventiva por suspeitas de ter cometido o crime de “intimidação pública”.

O incidente aconteceu um dia depois de tumultos entre a polícia e centenas de trabalhadores públicos que invadiram os seus locais de trabalho em Buenos Aires e noutras cidades próximas.

Nesta quarta-feira, o Governo anunciou um corte de 15 mil empregos públicos como parte da campanha do Presidente Javier Milei para reduzir a despesa pública, em mais uma medida que adensou a tensão com manifestantes e sindicatos.

Vários trabalhadores, que já tinham informados da sua dispensa, invadiram os edifícios governamentais com tambores, condenando o seu despedimento, que consideram injusto, e exigindo a reintegração.

Os cortes foram anunciados em conferência de imprensa, por um porta-voz presidencial, Manuel Adroni, que os considerou fundamentais para a restruturação do sobredimensionado setor público prometida pelo economista ultraliberal Milei.

“Faz parte do trabalho que estamos a fazer para reduzir a despesa do Estado”, disse aos jornalistas, descrevendo os milhares de trabalhadores despedidos como um peso para os contribuintes.

Apesar da chuva, uma multidão de pessoas vestidas com camisolas verdes, do maior sindicato do país, a Associação dos Trabalhadores do Estado, concentraram-se na quarta-feira em frente aos ministérios do país em protesto.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Lucidez, coragem e espírito de sacrifício.
    Só faltou a concretização. O mundo democratico lamenta e acredita em novas oportunidades, de preferência sem eventual criação de mártires.

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