A presidente da Comissão Europeia defendeu hoje, durante o discurso do Estado da União em Bruxelas, que a crise da pandemia da covid-19 deixou claro que chegou o momento de construir uma União da Saúde Europeia reforçada.
No Parlamento Europeu, Ursula von der Leyen disse que, para tornar essa nova política de saúde europeia reforçada uma realidade, o primeiro passo proposto pelo seu executivo é “reforçar e dar mais poder à Agência Europeia do Medicamento e ao Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças”.
Acrescentou ainda que “como segundo passo, vamos construir uma BARDA europeia, uma agência para investigação avançada no campo da biomedicina”, referindo-se à autoridade norte-americana nesta matéria, com o objetivo de “apoiar e reforçar a capacidade e prontidão” da UE para responder a ameaças e emergências transfronteiriças.
Segundo Von der Leyen, a pandemia da covid-19 tornou também evidente que a Europa precisa de “constituir reservas estratégicas para lidar com as dependências da cadeia de abastecimento, nomeadamente para os produtos farmacêuticos”.
A presidente da Comissão Europeia define como terceiro passo “a discussão da questão das competências médicas. Penso que é uma tarefa urgente, e deve ser abordada na conferência sobre o Futuro da Europa”, referindo-se ao facto de a pandemia da covid-19 também ter mostrado que Bruxelas tem poderes muito limitados em questões de saúde, uma competência quase exclusiva dos Estados-membros.
Von der Leyen afirmou que, atendendo a que esta é uma crise global, “é necessário retirar as lições globais”, anunciando que, em conjunto com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, e com a presidência italiana do G20 no próximo ano, planeia organizar uma “cimeira global da saúde” em 2021 em Itália.
A presidente da Comissão Europeia, disse ainda no Parlamento Europeu, que vai propor em breve um quadro legal com vista a garantir um salário mínimo para todos os cidadãos na Europa.
“A Comissão vai apresentar uma proposta legal para apoiar os Estados-membros a estabelecer um quadro para salários mínimos. Todos devem ter acesso a salários mínimos, quer através de acordos coletivos, quer através de rendimentos mínimos estabelecidos”, defendeu a antiga ministra do Trabalho alemã, no seu primeiro discurso sobre o Estado da União enquanto presidente do executivo comunitário.
ZAP // Lusa
Estou particularmente satisfeito com Von der Leyen, pois pensa em progresso e segurança social, os salários mínimos então acho que são mesmo prioridade na agenda… espero que se consiga chegar a bom porto, pois sabemos também que existe uma máquina com tendência difícil de olear… mas fico grato pela vontade no mínimo….
Já está mais que na hora, e já agora políticas económicas e sociais ADAPTADAS À REALIDADE ESPECÍFICA de cada país por favor! Muito obrigado