Nove anos depois, a Adega Cartuxa apresentou uma nova edição do vinho Pêra-Manca Tinto com a colheita de 2018. O preço de venda começa nos 350 euros – mas podia ser ainda mais caro.
Desde 2015 que a Adega Cartuxa não lançava nenhuma edição do vinho Pêra-Manca Tinto. Chega, agora, fruto da colheita de 2018, um “ano muito difícil, com muita falta de água, com uma Primavera e um Verão bastante secos”, como explica ao Público o director de enologia da Cartuxa, Pedro Baptista.
Portanto, o “potencial produtivo não era enorme“, acrescenta o enólogo.
A produção do Pêra-Manca Tinto 2018 limita-se a 21 mil garrafas, das quais apenas cerca de 11 mil ficarão em Portugal. As restantes seguirão para os mercados internacionais, nomeadamente para o Brasil que deverá receber seis mil garrafas.
Há 2 condições para comprar Pêra-Manca Tinto 2018
Cada garrafa deste vinho premium custará 350 euros na loja da Cartuxa, na Quinta de Valbom, em Évora. Nas garrafeiras e na restauração, o preço será ainda mais elevado.
Na loja, a compra implica duas condições. Por um lado, só será vendida apenas uma garrafa por pessoa e esta tem que visitar a adega da Cartuxa, participando na prova final de cinco vinhos.
“A ideia é fazer crescer o número de embaixadores, ao invés de simplesmente aumentar a base de dados do cliente particular”, explica o director comercial da Cartuxa, João Teixeira, ao Público.
E se o valor de compra pode parecer alto para a maioria das carteiras, na verdade, o preço podia ser ainda mais elevado. A marca tem outros vinhos de gama alta à venda por mais de 800 euros.
Contudo, a adega pertence “a uma fundação [Fundação Eugénio de Almeida] que tem uma preocupação social de desenvolver a região a nível cultural, social e educativo” e que pretende “democratizar” o acesso a vinhos de qualidade, salienta ainda João Teixeira.
Comparativamente com a colheita de 2015, cada garrafa de Pêra-Manca Tinto 2018 custa (só) mais 75 euros.
Por que é tão caro o vinho Pêra-Manca Tinto?
Vários factores influenciam o preço de um vinho, a começar pela qualidade das uvas.
No caso do Pêra-Manca Tinto 2018, é produzido com as castas Aragonez e Trincadeira num processo de seleção criterioso para garantir a melhor qualidade possível.
Este foco na qualidade resulta numa produção em pouca quantidade – as 21 mil garrafas de 2018 contrastam com as 44 mil garrafas produzidas em 2015. Isto também encarece o vinho que se torna em algo raro e, logo, mais desejado.
O processo de produção também influencia o preço e o Pêra-Manca fermenta em barris de carvalho francês. Depois passa por um estágio de 18 meses em tonéis de carvalho francês antes do estágio final em garrafa nas caves do Convento da Cartuxa.
É um processo prolongado e cuidadoso que ajuda a refinar o sabor do vinho.
O Pêra-Manca Tinto 2018 envelheceu durante cerca de seis anos antes de ser comercializado, o que aumenta os custos de produção.
Além de tudo isto, é preciso considerar ainda a história e o prestígio da marca que tem mais de 500 anos de história.
Há ainda o facto de muitas personalidades públicas consumirem Pêra-Manca. É o caso de Isaltino Morais, uma das figuras que, nos últimos anos, foi associada ao vinho. E o seu valor elevado também o posiciona como uma “prenda” — tão desejável, que é até referida em processos de corrupção.
Ora bem, a preocupação social… pois claro.
Na verdade o mais importante è que seja comprado pelos iiddiioottaass e ignorantes mas ricaços que não sabem o que fazer ao dinheiro e que, portanto, só compram do mais caro – para se exibirem.
Não admira que seja citado como “prenda desejável” em certos processos – veja-se quem era o ‘consumidor’ e conclui-se imediatmente que terá um bom numero de “followers” que o pretendem imitar em tudo (tudo mesmo!).
“Democratizar” ahahah, olha até o Vinho andava nas maos de Fascista, era preciso “Democratizar”.
Isto é um prato, aqui “Democratiza-se” tudo, e redunda em encher ps Bolsos sacando a quem uma nota à vista.
Democratizar a 350 euros por garrafa, pessoal, os tugas são todos ricos…