Polémica com vídeo de estudantes de Bragança. Associação Académica nega praxe

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Um vídeo de uma festa de estudantes do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) num bar da cidade está a causar polémica porque envolve duas mulheres em danças sensuais.

As imagens mostram vários estudantes, uns com traje académico e outros sem ele, com duas mulheres a fazerem danças sensuais e a despirem algumas peças de roupa durante uma festa num bar de Bragança.

Os vídeos têm circulado nas redes sociais e a situação tem sido associada à praxe académica no IPB.

Contudo, a Associação Académica do IPB nega que o evento tenha decorrido durante uma praxe. “Nada tem que ver com praxes académicas e com o Instituto”, assegura o presidente da Associação Académica, André Caldeira, em declarações ao Jornal de Notícias (JN).

André Caldeira realça que as praxes académicas na instituição têm que seguir regras claras. “Só se podem realizar dentro do campus e até às 23.30 horas”, sublinha. As imagens terão sido captadas por volta da 1:30 da madrugada.

Independentemente disso, há quem considere que as imagens são degradantes para a imagem do IPB, como é o caso da estudante de enfermagem Mara Ferreira da Escola Superior de Saúde da instituição.

“Sinto uma extrema vergonha pelos meus colegas mais velhos que incentivaram a isto e que ultrapassaram todos os limites que são impostos por órgãos superiores”, realça Mara Ferreira numa publicação no Facebook.

Não são estes os valores que passamos aos nossos estudantes mais novos, não são estes os exemplos a representar para a nossa futura geração”, realça ainda esta estudante do IPB que deixa ainda um conselho aos “alunos novos”.

“Os vossos pais não fazem sacrifícios para pagar propinas, não sentem a vossa falta todos os dias e esperam o fim de semana para vos verem para chegarem a casa e se depararem com isto. Pensem na família e no vosso futuro. Saibam dizer “não”“, escreve Mara Ferreira.

O presidente da Associação Académica nota ao JN que já falou com “alguns dos alunos que participaram” para lhes dizer que “agiram mal, principalmente envergando o traje académico”. “No entanto, não podemos proibir ninguém de fazer o que entender fora do âmbito da praxe”, conclui.

ZAP //

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