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Vice-Presidente angolano vai ser julgado em Portugal por corrupção

U.S. Department of State / Wikimedia

Manuel Vicente, vice-presidente de Angola

Manuel Vicente, vice-presidente de Angola

O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu hoje levar a julgamento os arguidos do processo “Operação Fizz”, no qual constam Manuel Vicente, vice-Presidente de Angola, e o procurador do Ministério Público Orlando Figueira.

No processo, que investigou crimes económico-financeiros, o vice-Presidente angolano é suspeito de ter corrompido Orlando Figueira para que o procurador arquivasse dois inquéritos, um deles o caso Portmill, relacionado com a alegada aquisição de um imóvel de luxo no Estoril.

Em causa na Operação Fizz estão alegados pagamentos de Manuel Vicente, no valor de 760 mil euros, ao então magistrado do Departamento Central de Investigação e Ação Penal – DCIAP -, Orlando Figueira, para obter decisões favoráveis.

Além disso, o Observador avança que Manuel Vicente terá de responder também por branqueamento de capitais e Orlando Figueira, então magistrado do DCIAP, responderá na fase de julgamentos pelos crimes de corrupção passiva na forma qualificada, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e violação do segredo de justiça.

Além destes arguidos, Paulo Blanco, advogado de Manuel Vicente em Portugal, senta-se também no banco dos réus pelos crimes de corrupção ativa – em co-autoria com Vicente -, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.

Armindo Pires, procurador do vice-Presidente angolano em negócios particulares realizados em Portugal responde também por corrupção ativa – em co-autoria com Paulo Blanco e Manuel Vicente -, e branqueamento e falsificação de documentos.

// Lusa

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