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Pode haver vestígios de dinossauros “enterrados” na Lua (e até em Marte)

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(dr) Andrey Atuchin

O impacto do asteróide que dizimou os dinossauros da face da Terra há cerca de 65 milhões de anos, no final do período Cretáceo Superior, pode ter catapultado vestígios destes animais pré-históricos para a Lua e até para Marte.

A hipótese não é propriamente nova para astrofísicos e astronautas, mas tem ganhado visibilidade depois de um artigo científico sobre o tema ter sido partilhado online nos últimos dias, conta o portal IFL Science.

Ao que parece, os dinossauros podem ter chegado à Lua ainda antes do Homem, à boleia do meteorito Chicxulub, que caiu na Península de Yucatán, no México, há 65 milhões de anos, ditando o fim dos dinossauros e de 70% de todas as espécies terrestres.

Vestígios de dinossauros, como ossos – ou o que terá sobrado deles -, podem ter chegado à Lua envoltos nos escombros causados por este corpo rochoso.

Quando um determinado planeta, como a Terra, é impactado por corpos oriundos do Espaço, cria-se uma cratera de grandes dimensões. Contudo, se o asteróide for rápido e grande o suficiente, o seu impacto pode fazer com que os detritos resultantes atinjam a velocidade de escape (11 quilómetros por segundo), e deixem a atmosfera da Terra.

A maior parte destes detritos voltará ao planeta que impactou, mas outros vestígios podem ser ejetados rumo ao Sistema Solar, onde poderão ficar em rota de colisão com outros planetas e acabar por encontrar uma nova “morada”.

A hipótese pode parecer pouco provável, mas há vários estudos científicos que validam este fenómeno: há investigações que comprovam que pelo menos 289 meteoritos sobreviveram a impactos em Marte e chegaram até à Terra.

E mais: a teoria mais comummente aceite sobre a formação da Lua, conhecida como a teoria do grande impacto (1975), defende que o nosso satélite natural é fruto de um evento catastrófico causado pelo impacto de um corpo com o tamanho de Marte – conhecido por Theia – na Terra, há cerca de 4,5 mil milhões de anos.

Já em 2017, o premiado jornalista de Ciência Peter Brannen escreveu no seu livro The Ends of the World a propósito dos vestígios de dinossauros “enterrados” na Lua: “Quando o asteróide colidiu com a Terra, no céu acima dele, onde deveria existir ar, a rocha abriu um buraco no vácuo do Espaço sideral na atmosfera. Quando os céus se precipitaram para fechar este mesmo buraco, enormes volumes de terra foram ejetados para órbita e mais além – tudo dentro de um a dois segundos após o impacto”.

Sara Silva Alves, ZAP //

5 Comments

  1. Isto não é ciência!!! Isto é um “credo”, ou seja entramos na área da religião. Mas não há ninguém com 2 dedos de testa para ver? Que tipo de revisão de pares há nesta matéria?

  2. Senhores dos comentários, tem uma certa lógica. Têm de ver no contexto planetário, não em contexto pequeno. Um asteróide grande em grande velocidade, ao impactar, é bem mais forte que uma bomba atómica. Segundo estudos, terá sido mais forte que muitas bombas atómicas juntas. Vejam que 11km por segundo é uma velocidade enorme, muito mais do que qualquer foguete já construído pelo homem. Daí a bocados de dinossauros e não só serem projectados para o espaço… bem possível. Caírem na lua outros dos nossos planetas é bem provável.

  3. “This description of the asteroid that killed the dinosaurs is probably the best piece of writing I’ve read in a while. That was beautiful.”

    É uma boa peça de literatura que daria um bom romance, um bom capitulo para um bom livro de ficção. Do ponto de vista cientifico falta algo que dê valor ou crédito a esta teoria, os factos. No domínio do imaginário não há ciência, há especulação, da especulação resultou no passado que se tinha como adquirido que aterra era plana, que o sol girava em torno da terra, etc,…. essas certezas são agora fantasias. Daqui a 1000 anos, que juízo fará de nós um miúdo de 6 anos que esteja a aprender algo sobre este assunto mas baseado nos factos que entretanto surgiram? Vai dizer, como era loucos aqueles tipos, acreditavam em fantasias.
    O crédito do autor, que escreveu a matéria dos dinossauros na lua, está no potencial da sua criatividade e imaginação, nada mais.

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