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“Nego tudo”. Vereador de Barcelos acusado de receber 10 mil euros em troca de emprego na Câmara

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O Ministério Público (MP) acusou o vereador da Câmara Municipal de Barcelos, Domingos Pereira, de corrupção passiva por ter, alegadamente, recebido 10 mil euros, em notas, de uma mulher para que desse emprego ao seu filho na autarquia. É “absolutamente falso”, garante.

O MP divulgou uma nota no site da Procuradoria-Geral da República (PGR), onde aponta que Domingos Pereira foi acusado de um crime de corrupção passiva de titular de cargo político agravado.

A acusação alega que o vereador da Câmara de Barcelos recebeu 10 mil euros em notas, para garantir a contratação de um jovem por parte da Câmara.

A mãe deste jovem, que estava a trabalhar na autarquia com um contrato de Emprego-Inserção+, foi também acusada de corrupção passiva, uma vez que terá sido ela a pagar os 10 mil euros.

O Jornal de Notícias avança, na sua edição impressa, que o acordo, no âmbito do alegado suborno, nunca se concretizou. Mas, apesar disso, o vereador terá ficado com o dinheiro, de acordo com o diário.

A acusação surge depois de uma investigação da Polícia Judiciária (PJ) de Braga e os factos analisados remontam a 2016, altura em que Domingos Pereira era vice-presidente da Câmara e vereador em regime de não permanência, uma vez que também era deputado na Assembleia da República.

O vereador era também o responsável por todos os assuntos relacionados com a gestão e a direcção dos recursos humanos afectos aos serviços municipais da Câmara de Barcelos.

Domigos Pereira nega “tudo”

O vereador já negou “terminantemente” ter recebido qualquer quantia como contrapartida para garantir um emprego no município.

“Nego tudo, terminantemente”, disse Domingos Pereira à Lusa.

“É exactamente ao contrário do que diz a acusação, não aceitei dinheiro nenhum. Fiz exactamente aquilo que devia ter feito e isso mesmo irei provar em tribunal. Estou de consciência perfeitamente tranquila”, disse ainda Domingos Pereira.

Segundo o MP, a contratação do filho da arguida acabou por não se concretizar porque o presidente da Câmara, Miguel Costa Gomes, por despacho de 6 de Maio de 2016, redistribuiu os pelouros e retirou a Domingos Pereira as competências que lhe estavam atribuídas na gestão de recursos humanos.

Domingos Pereira desfiliou-se, entretanto, do PS e fundou o movimento independente “Barcelos, Terras de Futuro” (BTF), pelo qual concorreu nas últimas autárquicas, tendo sido eleito vereador.

Nas autárquicas deste ano, o BTF vai concorrer coligado com o PSD e com o CDS-PP.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Mais um “verdadeiro artista”!…
    Este anda há mais de 20 anos a parasitar à volta da Câmara e, mesmo saltando (e criando) partidos, a mama não é suficiente…

  2. Deviam investigar todos os concursos de admissão de pessoal quer no Estado quer nas Autarquias. É uma vergonha total!

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