Ventura voltou ao PSD – mas através de uma transformação, alega Eurico Brilhante Dias

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André Ventura / Facebook

André Ventura, na altura candidato PSD/CDS à Câmara de Loures

Líder do Chega é um “agente de transformação” do PSD por fora. E o PSD mudou a sua natureza, explica o deputado do PS.

O líder parlamentar do PS acusou o primeiro-ministro de estar a governar em coligação com o Chega, considerando que André Ventura é um “agente de transformação” do PSD por fora.

“Há uma frase que pode parecer provocadora, mas que eu penso que reflete a realidade política desta legislatura até ao dia de hoje. É o regresso do doutor André Ventura ao PSD, mas é um regresso onde o doutor André Ventura percebeu que é mais fácil transformar o PSD por fora do que por dentro”, defendeu, em entrevista à Lusa, Eurico Brilhante Dias.

Na perspetiva do líder da bancada do PS no parlamento, “há uma alteração da natureza” do partido liderado por Luís Montenegro e o presidente do Chega, que já foi militante social-democrata, é agora “um agente de transformação do PSD por fora”.

“Para a frente não sabemos o que vai acontecer, mas até hoje o doutor Luís Montenegro governa com o doutor André Ventura em coligação de facto”, condena.

Ironizando que “nem o Governo é a Carochinha” nem o PS “é o João Ratão”, Brilhante Dias aponta que a “realidade palpável e factual” é que o primeiro-ministro escolheu “governar com a extrema-direita”.

“Como partido democrático que serve este país, como oposição democrática, nós temos uma obrigação: a de construir uma alternativa e a de dizer aos portugueses que, assuntos centrais da sua vida devem ser discutidos por gente democrática, moderada, credível, como é o secretário-geral do PS”, defende.

O dirigente do PS refere “um acordo desmentido e depois confirmado na lei de estrangeiros, na lei da nacionalidade e no IRS” como exemplos da opção do executivo até agora de “governar com a extrema-direita”, temas em relação aos quais garante que o PS sempre mostrou disponibilidade para dialogar.

“Foi uma opção de Luís Montenegro, que quis entender-se com a extrema-direita. É uma opção própria, que os portugueses olharão e vão seguramente julgar mais tarde”, enfatiza.

Recordando que o PS “nasceu na clandestinidade e no combate à ditadura”, Brilhante Dias afirma que os socialistas têm “uma obrigação democrática de dizer ao PSD que não tem que ficar nas mãos da extrema-direita para governar”.

“Nós não somos parceiros do Governo. Nós somos um partido democrático responsável. Oposição firme onde temos que ser oposição firme, capacidade de diálogo nos temas que são centrais para a vida dos portugueses e para a vida da República Portuguesa”, assegura.

Segundo o líder parlamentar socialista, ao contrário do primeiro-ministro, para o PS as “ideias antissistema democrático” que acusa o Chega de ter “não são normalizáveis”.

// Lusa

4 Comments

  1. Não haverá problema, desde que seja pelo bem do povo português. Por que raio é que a esquerda se sente superior em relação aos militantes de Direita? Podem fazer geringonças, provocar bancarrotas, podem propagar ideologias woke, fingir que são pela liberdade de expressão, e cancelar quem não é de “modas”… e adoram clamar que os seus opositores é que são o problema. Espero que tenham ainda menos votos nas próximas eleições, pois tanto eu como mais de metade da população, já estamos fartos destes truques perigosos dos esquerdistas.

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  2. O Partido Chega, o Partido Iniciativa Liberal, o Sr.º Primeiro-Ministro, Luís Esteves, assim como a restante camarilha do seu Governo fazem parte do bando do dr. Pedro Coelho: «Luís Montenegro eleito líder parlamentar do PSD» (https://tvi.iol.pt/noticias/politica/parlamento/luis-montenegro-eleito-lider-parlamentar-do-psd), «Passos Coelho na apresentação da candidatura de André Ventura» (https://www.youtube.com/watch?v=83OxOTUSFjo), «Rui Rocha: Votei Passos Coelho em 2011 e 2015» (https://observador.pt/2024/02/27/rui-rocha-votei-passos-coelho-em-2011-e-2015-mas-agora-votaria-na-iniciativa-liberal/).
    Eu sei que a política em Portugal não tem interesse mas os Portugueses devem fazer uma pesquisa sobre quem são os elementos que fazem parte do Partido Chega, Partido Iniciativa Liberal, e do XXIV/XXV Governo do Sr.º Primeiro-Ministro, Luís Esteves, que só governa graças ao Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, que por sinal é também quem o controla.
    O Chega foi criado para perseguir, prejudicar, e destituir o Sr.º Dr.º Rui Rio na época em que este foi líder do Partido Social Democrata e da oposição: «André Ventura lança movimento para destituir Rui Rio» (https://www.publico.pt/2018/09/22/politica/noticia/andre-ventura-lanca-movimento-para-destituir-rui-rio-1844970).
    Na altura o auto-denominado «movimento Chega» representava e representa o dr. Pedro Coelho e o seu bando, ou seja a facção liberal/maçónica do PSD que é contra a linha de Francisco Sá Carneiro, a social-democracia, a regionalização, o Interesse Nacional, e o republicanismo, sendo estes princípios e valores representados pelo Sr.º Dr.º Rui Rio.
    Mais tarde o movimento dá origem ao Partido Chega com o objectivo de roubar votos ao Partido Social Democrata – que se tornou uma força política completamente moribunda e descredibilizada pelo dr. Pedro Coelho – prejudicando assim o PSD e o Sr.º Dr.º Rui Rio nas Eleições Legislativas de 2022.
    O Partido Chega é uma fraude, uma força política liberal/maçónica criada para tentar manter este ilegítimo, criminoso, corrupto, e anti-democrático regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974 assim como o sistema político-constitucional ainda em vigor.
    O Partido Chega representa os interesses do Partido Socialista e os seus aliados, do dr. Pedro Coelho e seu bando.
    Os Portugueses ingénuos ou mais distraídos que apoiam e votam no Partido Chega têm de perceber que estão a ser enganados.

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