Muitos dos candidatos do Chega às eleições autárquicas de 26 de setembro vieram do PCP, Bloco de Esquerda e PS.
No início da semana passada, André Ventura vaticinou: o Chega candidata-se “a cerca de 220 municípios”, o que corresponde a 70% da cobertura nacional autárquica, para “alavancar a direita” e apear o Governo socialista.
Nestas eleições, que se realizam em setembro, os candidatos do partido compõem um cardápio variado: há quem tenha vindo do PSD e do CDS-PP, mas também do PCP, Bloco de Esquerda e PS, noticia o Expresso.
Daniela Lopes, candidata do Chega à Câmara Municipal de Mafra, cresceu no seio de uma família comunista e sempre votou no PCP.
Já Sérgio Ramos, candidato a Vila Real, vem do Bloco, onde iniciou o seu percurso político em 2009. Na altura, conta ao semanário, tinha “a expectativa de que o BE fosse mudar alguma coisa”, mas depois começou a não se rever nas políticas do partido, “muito viradas só para o Estado Social”.
O candidato à Câmara de Cantanhede, Eliseu Neves, era do PS. Ao fim de 12 anos após ter sido eleito como independente nas listas do partido, decidiu sair. “Não vivemos num Estado democrático. Já começa a ser mais uma ditadura que os governantes nos estão a impor”, criticou, quando questionado sobre o que o levou a mudar-se para o Chega.
Inês Louro está atualmente no segundo mandato como presidente da Junta da Azambuja, eleita pelo PS, e é a candidata do Chega à Câmara da vila ribatejana.
O candidato à Câmara de Cascais, João Rodrigues dos Santos, também esteve 15 anos no PS, mas nunca foi candidato a um cargo público, pelo que não tem “qualquer responsabilidade pelo atual estado do país”.
À semelhança do líder André Ventura, Nuno Afonso, candidato a Sintra, veio do PSD. Há ainda candidatos do CDS e de outras direitas.
O Expresso avança também que, após as eleições, o partido cai estender a sua rede através de uma Comissão Autárquica Permanente. O órgão, que será presidido pelo coordenador autárquico Nuno Afonso, dará apoio a todos os candidatos eleitos.
Ao que o semanário apurou, as conversas informais com outros partidos já começaram e irão intensificar-se para a distribuição de pelouros logo a seguir às eleições.
Que coleção de oportunistas, dançam conforme o vento, pessoas sem convicções, ideologicamente fracos, sem personalidade.
Fuga do PS para o Chega. O PS está irreconhecível por se ter associado aos ultra-esquerdas. Em 41 anos nunca tinham feito tal patetice.
És daqueles portugueses com palas…
Sou o quê? Cuidado com os espelhos! 😉
Tudo indica que sejam ideologicamente fracos. Contudo, os partidos também só têm ideologia na teoria.
Os interesses é que decidem
É simples de perceber! Não se trata de um partido propriamente de ideologia política, mas sim de direitos e deveres humanos; na segurança e valores humanos a salvaguardar, estará aí certamente a sua base de ideias, todos os dias espezinhados e onde as pessoas independentemente da sua tendência política sentem que algo lhes está a escapar para salvaguardar o ser humano como tal. Não me parece, no entanto, que nas autárquicas irá ter grande relevância, mas nas legislativas aí penso que irá surpreender muitos convencidos!
Exatamente !
Muito bem!