Este domingo, os venezuelanos votaram favoravelmente às intenções do Governo do Presidente Nicolás Maduro de a venezuela anexar o território Esequibo, em disputa com a vizinha Guiana. “Os primeiros passos de uma nova etapa histórica, para recuperar o que os libertadores deixaram”, disse Maduro.
O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que a Venezuela vai iniciar uma nova e poderosa etapa de anexação do território Esequibo, em disputa com a vizinha Guiana.
A região de Esequibo, que aparece nos mapas venezuelanos como “zona em reclamação”, está sob mediação da ONU desde 1966, quando foi assinado o Acordo de Genebra.
Com uma extensão de 160 mil quilómetros quadrados (km2) e rico em minerais, o Esequibo está sob administração da Guiana, com base num documento assinado em Paris, em 1899, que estabelece limites territoriais que a Venezuela não aceita.
A polémica agudizou-se nos últimos anos depois de a petrolífera norte-americana Exxon Mobil ter descoberto, em 2015, várias reservas de crude nas águas territoriais da zona em litígio.
Cinco perguntas-chave
No domingo, os venezuelanos votaram favoravelmente às intenções do Governo do Presidente, Nicolás Maduro, de a Venezuela anexar o território Esequibo.
“[Foi] uma vitória clara e esmagadora do sim no referendo consultivo sobre o Esequibo”, afirmou este domingo o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, sublinhando que a consulta popular de cinco perguntas registou 10.554.320 votos.
Segundo o CNE, 97,83% dos votos foram para “rejeitar por todos os meios, em conformidade com a lei, a linha fraudulenta imposta pela decisão arbitral de Paris de 1899″.
Por outro lado, 98,11% disseram apoiar “o Acordo de Genebra de 1966 como o único instrumento jurídico válido para alcançar uma solução prática e satisfatória para a Venezuela e a Guiana relativamente ao diferendo”.
A “posição histórica da Venezuela de não reconhecer a competência do Tribunal Internacional de Justiça para resolver o diferendo territorial”, foi apoiada por 95,40% dos votos.
95,94% dos votos responderam afirmativamente “em se opor, por todos os meios e em conformidade com a lei, à pretensão da Guiana de dispor unilateralmente de um mar não delimitado, de maneira ilegal e em violação do direito internacional”.
À quinta e última pergunta, 95,93% dos votos foram a favor da “criação do Estado de Guiana Esequibo e do desenvolvimento de um plano acelerado para o atendimento integral da população atual e futura desse território”, incluindo “a concessão da cidadania venezuelana e de bilhetes de identidade” e “incorporando assim esse Estado no mapa do território venezuelano”.
“O nosso Esequibo”
“O povo falou alto e claro e vamos iniciar uma nova e poderosa etapa, porque temos o mandato do povo, temos a voz do povo”, disse Nicolás Maduro.
O Presidente venezuelano falava na Praça Bolívar de Caracas para um importante número de simpatizantes que celebravam a vitória do “sim” no referendo consultivo de domingo.
“Era necessário dar um salto para iniciar uma nova etapa, no pleno exercício da soberania nacional, da Constituição Nacional. Demos os primeiros passos no caminho da unidade nacional (…) pelo futuro da Venezuela, para lutar pelo nosso país, pelo nosso Esequibo, pela paz”, disse.
Nicolás Maduro frisou ainda que foram dados “os primeiros passos de uma nova etapa histórica”, para “recuperar o que os libertadores deixaram”.
O governante fez questão de salientar que os a petrolífera Exxon Mobil e os EUA investiram muito dinheiro para “deter e sabotar o referendo, para tentar comprar politiqueiros e restringir os direitos do povo”.
“Assim como outros planos que conseguimos travar a tempo”, acrescentou.
ZAP // Lusa
Esqueceram-se de perguntar ao povo Esequibo, mas quando se fala sobre petróleo, ouro ou lítio, por exemplo, o povo deve ficar sereno
A América Latina já estava em paz há muito tempo, precisava de uma sacudidela…
Falta um referendo na Guiana sobre o assunto. Estou muito curioso em saber o que os Essequibianos (?) pensam sobre isto.
Um presidente ditador, que não pode ser deposto, e que quer anexar mais áreas à Venezuela, seu feudo particular e decadente.
SIMON BOLIVAR , o Libertador da América Espanhola, é óbvio, afinal os espanhóis ditavam e mandavam desde o México até a Argentina – América Central e do Sul. Nada mudou e ” tudo continuou como antes, como no quartel de Abrantes “, assim reza a expressão popular. Apareceram diversos tiranetes nos últimos tempos , também, do México a Argentina; O mais recente : Hugo Chavez , morreu sem deixar a sua obra acabada. Mas, diz o ditado que “o diabo quando não vai ele manda o secretário ” , e foi o que aconteceu na Venezuela – Nicolas Maduro ; Um personagem digno do seu criador. MADURO. Pode cair a qualquer momento de tão maduro –os ingleses na GUIANA ( antiga Guiana Inglesa ) estao na espera e de olhos atentos para as manobras da Venezuela. É o que pensa ., joaoluizgondimaguiargondi, jlg21..com@,,,,,,,,,