O Vaticano anunciou a nova mascote da Igreja Católica. A entrar no território do Anime, Luce vem para espalhar a boa nova.
Segundo a Sky News, Rino Fisichella, Arcebispo do Vaticano, afirma que a Luce foi “criada a partir do desejo de entrar no mundo da cultura pop, tão apreciado pelos nossos jovens”.
A nova mascote foi criada com a esperança de cativar os jovens.
Batizada com o nome de uma palavra latina que significa luz, a mascote foi desenhada por Simone Legno, o cofundador italiano da marca de estilo de vida Tokidoki, que se inspira na cultura japonesa.
Luce tem um casaco corta-vento amarelo e é uma peregrina equipada com todo o material necessário, nomeadamente botas enlameadas perfeitas para longas caminhadas espirituais, um bordão para apoiar e uma cruz missionária.
Legno desenhou também os “amigos peregrinos” de Luce: Fe, Xin e Sky.
O arcebispo, e também organizador principal do Vaticano para o próximo ano jubilar da Igreja, descreveu as características do desenho de Luce como “os elementos típicos do peregrino“, apontando os seus “olhos brilhantes” e o “símbolo da esperança do coração” — embora os fãs de Anime os possam reconhecer como aquele brilho característico que aparece mesmo antes de uma sequência de power-up.
Acrescentou que “a imagem representa uma união feliz entre os símbolos cristãos e a cultura japonesa“.
A nova mascote do Vaticano faz parte dos preparativos para o Jubileu 2025, uma celebração católica que acontece de 25 em 25 anos.
Recorde-se que o Papa Francisco disse recentemente aos jovens para serem “peregrinos” e não “turistas” na sua fé.
De acordo com a Agência Católica de Notícias, o Dicastério para a Evangelização do Vaticano vai acolher um espaço dedicado a “Luce e amigos” na convenção Lucc Comics and Games, em Itália, que teve início esta quarta-feira e decorrerá até ao dia 03 de novembro.
Esta é a primeira vez que a Igreja Católica participa numa convenção de banda desenhada.
De referir que esta não se trata de uma tentativa isolada de chegar aos jovens. A Igreja Católica parece estar a apostar fortemente na cultura gaming com as preparação para a canonização de Carlo Acutis — o primeiro santo “gamer” oficialmente reconhecido.
Acutis não era um jogador qualquer. Era fã de Halo, colecionava Pokémons e jogava Mario Kart — ao mesmo tempo que documentava milagres no seu site.