Morreu aos 15 anos. O padroeiro da Internet vai ser o primeiro santo “millennial”

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Dobroš/Wikimedia Commons

Túmulo e cenotáfio do Beato Carlo Acutis na Igreja de Santa Maria Maggiore, em Assis

Cura de jovem que sofreu um traumatismo craniano valeu a aprovação do segundo milagre do “ciberapóstolo da Eucaristia”.

O Papa Francisco aprovou na passada quinta-feira o milagre atribuído ao adolescente e beato Carlo Acutis, que faleceu em 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia.

A aprovação do milagre abre portas à canonização do jovem patrono da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, que se prepara para ser o primeiro santo da geração do milénio, depois de ter sido o mais jovem contemporâneo a ser beatificado por Francisco, em Assis, no ano de 2020.

A cura de um menino brasileiro de sete anos que sofria de uma doença no pâncreas, depois de ter entrado em contacto com uma relíquia sua, foi o seu primeiro milagre a ser aprovado, em 2013.

O segundo milagre, agora reconhecido pelo Papa, está relacionado com uma mulher costa-riquenha que foi rezar ao túmulo do jovem pela cura da sua filha, que tinha sofrido um traumatismo craniano após uma queda de bicicleta. A jovem terá começado a recuperar depois da peregrinação da mãe.

Jovem louco pela Internet e por computadores, com pais italianos não praticantes, Carlo nasceu em Londres e mudou-se ainda jovem para Milão.

O “ciberapóstolo da Eucaristia” criou um site sobre milagres e era conhecido na sua vizinhança pela sua gentileza para com aqueles que viviam à margem da sociedade.

“Com as suas poupanças, comprou sacos-cama para sem-abrigo e à noite trazia bebidas quentes para eles”, contou a mãe, segundo a Agência de Notícias Católica. “Ele dizia que era melhor ter um par de sapatos a menos se isso significasse ser capaz de fazer mais um bom trabalho”.

Acutis  também foi voluntário numa sopa dos pobres em Milão. O bispo de Assis, Domenico Sorrentino, disse, este mês, que um refeitório para os pobres seria aberto em homenagem a Acutis.

“Quando morreu, no funeral, a igreja estava cheia de gente pobre. Todos os outros se perguntaram o que estavam lá a fazer. Bem, Carlo costumava ajudá-los em segredo”, disse Nicola Gori, que representou o caso de beatificação de Acutis. “A família sabia, porque a mãe dele iria com ele desde que tinha apenas 15 anos. Dava sacos-cama e comida, por isso queriam ir ao funeral”.

A data da sua canonização ainda está por anunciar.

ZAP //

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