Varíola dos macacos. ECDC admite vacinação para contactos de alto risco com infetados

1

Sedat Suna / EPA

Enfermeira a preparar uma vacina

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) recomendou, esta quinta-feira, o isolamento de todos os casos suspeitos de varíola dos macacos e admitiu a possibilidade de utilizar a vacina contra a varíola em contactos de alto risco.

Numa nota publicada esta quinta-feira, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) recomendou o isolamento dos infetados por varíola dos macacos e admitiu a possibilidade de os países utilizarem a vacina contra a varíola nos casos de contacto de alto risco.

Segundo o Público, o organismo referiu ainda que está a desenvolver uma “avaliação de risco” sobre a infeção e apelou às organizações de saúde pública que tomem medidas para aumentar a consciencialização sobre a disseminação da varíola dos macacos.

Nas suas recomendações, o ECDC recomenda que “se estiverem disponíveis vacinas contra a varíola no país, a vacinação de casos de contacto próximo de alto risco deve ser considerada depois de uma avaliação de risco-benefício”.

Os doentes com suspeitas de infeção por Monkeypox devem ser “isolados, testados e notificados imediatamente“, além de dever ser realizado o rastreamento dos contactos dos casos positivos.

Na nota, é recomendado o isolamento e testagem imediata dos casos suspeitos, assim como o tratamento com antivirais dos casos com doença grave.

De acordo com o Centro de Controlo de Doenças norte-americano, existem dados anteriores que indicam que a vacina pode ser pelo menos 85% eficaz a prevenir a varíola dos macacos. Mesmo após a exposição ao vírus, a vacinação pode prevenir ou diminuir o impacto da doença.

Já há 14 casos confirmados de infeção pelo vírus em Portugal. Depois dos primeiros cinco casos confirmados, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou mais nove infeções pela chamada varíola dos macacos, adiantando que estão a ser feitos inquéritos epidemiológicos para identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos.

Os casos confirmados estão em acompanhamento clínico e encontram-se estáveis, segundo a DGS. Todas as situações estão localizadas na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Relativamente aos restantes casos suspeitos, a DGS refere que as amostras ainda serão remetidas para análise pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

ZAP //

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.