É um pássaro? Um avião? O OVNI de Esposende? É o estratosférico valor do n.º1 de Super-Homem

// Heritage Auctions / Action Comics / DC Comics / Pixabay

O primeiro número de Super-Homem acaba de se tornar o mais valioso livro de BD do mundo: acaba de ser vendido em leilão pelo estratosférico valor de 6 milhões de dólares.

Em junho de 1938, o escritor Jerry Siegel e o ilustrador Joe Shuster apresentaram ao mundo o Super-Homem, o mítico herói de capa que veio do planeta Krypton para a Terra.

Nos 86 anos que se seguiram, conta a Smithsonian Magazine, o Homem de Aço tornou-se uma pedra de toque cultural, aparecendo em filmes, romances, séries de televisão, jogos de vídeo e muito mais.

Agora, um exemplar do Action Comics No. 1, a banda desenhada original do Super-Homem de 1938, foi vendido por 6 milhões de dólares.

O colecionável, que um comprador anónimo adquiriu durante uma venda da Heritage Auctions a 4 de abril, é agora a banda desenhada mais valiosa do mundo.

“Quinta-feira foi um dia histórico para uma banda desenhada histórica, e não esperávamos menos”, diz Barry Sandoval, vice-presidente da Heritage Auctions.

A banda desenhada é uma versão não restaurada da Action Comics No. 1, que recebeu uma classificação “muito boa” de 8,5 em 10 pela CGC, o serviço de classificação para colecionáveis da cultura pop. Apenas duas outras versões não restauradas obtiveram classificações mais elevadas.

Esta é uma das apenas 78 cópias que a CGC classificou, embora a empresa pense que ainda existam cerca de 100. Em 1938 foram publicados apenas 200.000 exemplares do livro.

O preço de 6 milhões de dólares, cerca de 5,6 milhões de euros, bate o anterior detentor do recorde, uma edição de 1939 do Super-Homem nº 1 que foi vendida em privado por 5,3 milhões de dólares em 2022.

Até então, o recorde pertencia a uma cópia de Amazing Fantasy No. 15, que apresentou aos leitores o Homem-Aranha em 1962, que foi vendido por  3,6 milhões de dólares em 2021.

Action Comics No. 1 conta a história de um menino que nasceu em Krypton, um planeta distante e moribundo. O pai coloca-o numa cápsula espacial e manda-o embora pouco antes da explosão do seu planeta natal. Bem, já todos conhecemos o resto da história…

A popularidade do Super-Homem disparou nas décadas seguintes, e a Action Comics continua a existir ainda hoje.

Siegel e Shuster, ambos filhos de imigrantes judeus, tinham 20 e poucos anos quando conceberam o Super-Homem. Segundo a descrição do lote que foi a leilão, o enredo “é um reflexo das experiências dos criadores do Super-Homem, bem como do sonho americano“, segundo a listagem do lote.

“Sem o Super-Homem e a Action Comics n.º 1, quem sabe se alguma vez teria existido uma Idade de Ouro da banda desenhada — ou se a BD se teria tornado no que é hoje”, diz Barry Sandoval, vice-presidente da Heritage Auctions, num comunicado publicado no site da leiloeira.

ZAP //

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