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Finalizada vacina da Moderna para combater variante sul-africana da covid-19

A vacina da Moderna, alterada para combater também a variante sul-africana da covid-19, está pronta e foi enviada, na quarta-feira, a vários institutos de saúde norte-americanos para o início dos testes clínicos.

Como lembrou a TSF, esta estirpe é uma das mais perigosas mutações do vírus, conseguindo contornar as ações de bloqueio dos anticorpos que combatem o vírus original.

Já a vacina da Pfizer demonstra uma eficácia de 94%, segundo um estudo em que participa boa parte da população de Israel. A investigação, publicada na quarta-feira no New England Journal of Medicine, contou com a participação de 1,2 milhões de israelitas.

Esta semana foi detetada em Nova Iorque e noutras regiões do nordeste dos Estados Unidos (EUA) uma nova variante do SARS-CoV-2, avançou a CNN na quinta-feira, revelando que a descoberta está a preocupar as duas equipas de investigadores que descobriram a B.1.526, o nome que lhe foi atribuído.

Uma das mutações identificadas é igual à encontrada na variante da África do Sul (conhecida como B.1.351), dando ao vírus a capacidade contornar parte da resposta imunitária do corpo, os tratamentos com anticorpos monoclonais e as vacinas.

“Observamos um aumento constante na taxa de deteção [desta mutação] desde o final de dezembro até meados de fevereiro, com um aumento alarmante de 12,7% nas últimas duas semanas”, escreveu uma equipa do Centro Médico da Universidade de Columbia num relatório ainda não publicado.

No documento, ao qual a CNN teve acesso, os investigadores indicaram que a “nova variante está a crescer de forma alarmante entre a população de pacientes nas últimas semanas”. Para o diretor do Centro de Investigação para a SIDA Aaron Diamond, também na Columbia, esta variante terá sido “feita em casa, presumivelmente em Nova Iorque”.

Segunda dose na Europa chega entre 21 a 84 dias

As três vacinas aprovadas na União Europeia (UE) requerem a toma de duas doses. Segundo a Agência Europeia do Medicamento, o tempo indicado para a segunda toma é de 19 a 23 dias para a da Pfizer/BioNTech, de 28 dias para a da Moderna e de 28 a 84 para a da AstraZeneca, noticiou esta quinta-feira o ECO.

Também a vacina russa Sputnik V requer a toma de duas doses, com 21 dias de intervalo.

Segundo dados dos governos e autoridades de saúde nas suas plataformas digitais, a maioria dos países segue as indicações dadas pelas farmacêuticas e reguladores.

Em Portugal, a recomendação é de 21 dias para a vacina da Pfizer/BioNTech e 28 dias para a da Moderna. Contudo, na quarta-feira, o coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, defendeu o adiamento da toma da segunda dose do fármaco da Pfizer/BioNTech.

“Está a ser estudado, a meu pedido, pela Direção-Geral da Saúde e pelo Infarmed, se podemos alargar este período por duas semanas, de forma a conseguirmos antecipar a vacinação a cerca de 200 mil pessoas. Reforçar a vacinação uma ou duas semanas mais tarde praticamente não vai fazer grande variação no processo de defesa da pessoa que já foi vacinada com a primeira dose”, indicou.

Para o fármaco da AstraZeneca, o intervalo em território nacional é até 12 semanas.

Taísa Pagno //

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