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Vacina contra a doença de Lyme entra na fase derradeira dos ensaios clínicos

herraez / Canva

Uma nova vacina contra a doença de Lyme, transmitida através da picada de carraças, está a ser testada em cerca de seis mil pessoas nos Estados Unidos (EUA) e na Europa. Se aprovada, será a primeira inoculação disponível, após uma outra ter deixado de ser comercializada há cerca de 20 anos.

A VLA15 – que entrou na fase 3 dos ensaios clínico – foi desenvolvida pela Pfizer e pela empresa francesa de biotecnologia Valneva. Em testes anteriores, provocou uma forte resposta imunitária em adultos e crianças, apresentando “um perfil de segurança e tolerabilidade aceitáveis”, revelou a farmacêutica norte-americana.

A vacina está a ser testada em indivíduos com pelo menos cinco anos de idade que vivem em locais onde a doença é mais prevalente – áreas rurais ou zonas florestais da América do Norte e centro da Europa.

As alterações climáticas e a desflorestação estão associados a um aumento dos casos de infeção nos últimos anos, com a remoção de predadores que controlam populações de veados e roedores, duas espécies animais que transportam carraças, a ajudar na propagação da doença.

Se forem obtidos bons resultados nesta última fase, a autorização para a introdução da vacina no mercado deverá ser pedida em 2025, adiantaram as empresas.

No passado, a vacina LYMERix esteve disponível nos EUA. Embora tivesse uma elevada eficácia, depoimentos de reações adversas diminuíram as vendas e a mesma deixou de ser produzida em 2012.

A VLA15 funciona de forma semelhante à anterior vacina, atingindo uma proteína da bactéria Borrelia, que causa a doença de Lyme. Contudo, não atua sobre uma região protéica que, segundo o Instituto Nacional de Doenças Infeciosas e Alergias dos EUA, poderá estar relacionada com os efeitos adversos.

ZAP //

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