Uso de máscara nas salas de aulas não reúne consenso em Itália

Rodrigo Antunes / Lusa

O uso de máscara nas salas de aulas italianas não reúne consenso entre os responsáveis envolvidos no arranque do ano letivo.

Os responsáveis envolvidos no arranque do ano letivo em Itália, previsto para o próximo mês de setembro, falharam esta quarta-feira um consenso sobre algumas questões ainda por definir no âmbito da pandemia de covid-19, nomeadamente o uso de máscara nas salas de aulas.

Numa reunião realizada por videoconferência, os ministros italianos com as tutelas da Educação, da Saúde, dos Transportes e dos Assuntos Regionais debateram com os especialistas pela gestão nacional da pandemia (por exemplo, a Proteção Civil italiana) e com os presidentes de todas as regiões de Itália um conjunto de medidas associadas ao início das aulas, agendado para 14 de setembro.

A par do uso de máscara nas salas de aulas para crianças maiores de 6 anos, os responsáveis também debateram a possível medição da temperatura corporal dos alunos, nomeadamente nas instalações dos estabelecimentos de ensino, e a questão dos transportes públicos e da potencial concentração de pessoas, situação que dificultará o cumprimento das regras de distanciamento físico.

No final do encontro, os representantes mostraram-se divididos sobre diversas matérias. Os presidentes das regiões da Lombardia e de Ligúria, Attilio Fontana e Giovani Toti, respetivamente, confirmaram a falta de consenso e criticaram “as dúvidas” levantadas pelo executivo italiano em relação a certas matérias.

Giovanni Toti já anunciou que não aceitará a obrigatoriedade do uso de máscara durante as aulas.

A cerca de 20 dias do arranque do ano escolar, as reuniões entre o governo italiano e as várias regiões vão prosseguir nos próximos dias, garantiram as partes envolvidas.

Entretanto, Itália iniciou uma campanha para testar todos os professores e todos os funcionários escolares. Até ao momento, e no âmbito desta campanha, já foram diagnosticados pelo menos 20 casos positivos da doença covid-19.

Alguns profissionais recusaram-se a fazer o teste de diagnóstico, que não é obrigatório.

Para garantir o distanciamento dos alunos dentro das salas de aulas, Itália comprou 2,4 milhões de carteiras individuais.

ZAP // Lusa

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