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23 mortos e 126 reféns em ataque terrorista a hotel no Burkina Faso

Pelo menos 23 pessoas de 18 nacionalidades morreram, e 126 reféns foram resgatados, na sequência de um ataque de um grupo de jihadistas islâmicos a um restaurante e um hotel na capital do Burkina Faso, Ouagadougou, na noite desta sexta-feira.

Antes de invadir o Hotel Splendid, no centro comercial de Ouagadougou, três extremistas abriram fogo dentro do restaurante.

O hotel Splendid é normalmente frequentado por funcionários da ONU e por cidadãos ocidentais.

Os atacantes fizeram explodir dois carros-bomba no exterior do centro comercial, após o que dispararam para o ar para desviar pessoas para o hotel, no interior do qual fizeram 126 reféns.

Não há registo de portugueses mortos ou feridos no ataque terrorista.

Durante a madrugada deste sábado, as forças de segurança do Burkina Faso, com apoio de militares franceses, lançaram um assalto para retomar o Splendid Hotel, tendo conseguido libertar os reféns.

As operações policiais em Ouagadougou ainda não terminaram, havendo notícias de que o grupo terrorista terá entreatnto atacado um segundo hotel na capital do país.

Segundo a AFP, foram mortos quatro dos atacantes, dois dos quais são do sexo feminino.

Um quinto ‘jihadista’ terá acabado por fugir, tendo acabado por se refugiar no bar Taxi Brousse, ao lado do hotel Iby.

As embaixadas americana e francesa no país confirmaram tratar-se de um atentado terrorista.

Segundo o SITE Intel Group, serviço americano de vigilância de actividades terroristas, o atentado terá sido reivindicado pela rede terrorista AQIM, Al Qaeda no Magreb Islâmico.

Em dezembro, o grupo extremista exortou jihadistas de vários países, incluindo do Burkina Faso, a que executassem ataques terroristas.

Este é o segundo grande atentado na região, depois do atentado que fez 20 mortos no Mali, em novembro, também reivindicado pela AQIM.

O Burkina Faso, país de maioria muçulmana, está num processo de transição democrática desde o derrube do ex-presidente Blaise Compaoré, em outubro de 2014.

Os ataques ocorrem poucas semanas depois da posse de Roch Kabore como novo presidente de Burkina Faso.

ZAP

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