Agora o Hospital de São João também integra este projecto nacional. Há um “mas” importante, numa manhã em que o telefone não funcionou.
O projecto Ligue Antes, Salve Vidas pretende reduzir o número de pessoas que são atendidas nas urgências dos hospitais, afastando os casos que não são realmente urgentes.
Este sistema de triagem pré-hospitalar, criado pelo Ministério da Saúde, aplica-se a situações de doença aguda e é realizado através da linha SNS 24.
O doente liga, é avaliado ao telefone, e depois pode ser aconselhado a realizar auto-cuidados, pode ser encaminhado para uma urgência ou então para um centro de saúde.
Agora, o maior serviço de urgência do Norte do país integra este projecto nacional: o Hospital de São João, no Porto.
Desde esta terça-feira a ULS São João quer também reduzir a utilização inadequada do Serviço de Urgência e da Consulta Aguda nos Cuidados de Saúde Primários.
A adesão serve para “orientar cada doente para o local adequado”, lê-se em comunicado enviado ao ZAP.
“Queremos colocar cada tipologia de doente no local que mais adequadamente está preparado para o atender”, explica Cristina Marujo, Directora do Serviço de Urgência.
“Se os doentes menos graves forem atendidos em locais mais adequados à sua situação, temos maior disponibilidade e mais recursos para os doentes que efectivamente necessitam de recorrer ao Serviço de Urgência Hospitalar”, explica Cristina.
A ideia é ainda reduzir a pressão dos doentes não urgentes – que costumam ser cerca de 30% dos atendimentos neste serviço de Urgência.
E se não ligar?
Quem chegar à urgência do São João sem ter ligado para o SNS24, vai ser convidado a ligar na mesma para o SNS24 – já no hospital.
Liga à porta do serviço – há um telefone amarelo no exterior para isso – e só depois entra nas urgências, caso se justifique.
Se o caso não for considerado urgente, o doente é encaminhado para os cuidados de saúde primários, para consulta com hora marcada no próprio dia ou no dia seguinte; ou é encaminhado para o Centro de Atendimento Clínico, na Prelada.
“Trata-se de uma mudança de paradigma no serviço de Urgência da maior ULS do Norte do País.”, remata Lígia Silva, Directora Clínica dos Cuidados de Saúde Primários da ULS São João.
A certa altura da manhã de estreia, havia fila para o telefone amarelo, mostram as imagens da RTP.
Mas o mesmo telefone amarelo teve problemas logo no primeiro dia. Segundo o jornal Público, o telefone deu mensagem de erro ao longo de uma hora; ninguém conseguia ligar. Só se aceitassem ligar do próprio telemóvel – nem todos aceitam.
Nesse momento de avaria do telefone, e também nos casos de quem recusa ligar antes para o SNS24 (mesmo à porta do hospital), faz-se o processo habitual de triagem à entrada.
Depois ainda acontece como o caso em Coimbra, alta por abandono e estava morto dentro do hospital… é porque o caso não era urgente…
Totalmente ridiculo. As pessoas vão as urgencias porque…. porque não tem mais onde!
Recusam as urgências e reencaminham para centros de saúde que não têm capacidade, ou estão fechados. Boa!
Agora tenho de sair de casa para ir ao hospital telefonar.
Se me acontecer alguma coisa numa estrada, e seja mais rápido eu encaminhar-me ao hospital por exemplo com braço partido, ou algum corte no corpo, então chego lá e peço um telefone e espero!!