Uma beata de cigarro ajudou a desvendar um misterioso homicídio com 30 anos

Facebook / Polícia de Glasgow

Mary McLaughlin foi assassinada em 1984. Quase 30 anos depois, o assassino foi preso

Em 1984, não se pensava que seria possível descobrir um assassino através de pontas de cigarro ou fios de cabelo. A ciência teve muitos avanços, e o caso de Mary McLaughlin também.

Na madrugada do dia 27 de setembro de 1984, em Glasgow, no Reino Unido, Mary McLaughlin saiu de um bar em direção a sua casa. Tinha 58 anos e 11 filhos.

Um taxista que a conhecia relata ter visto Mary a ser seguida por um rapaz, que acabou por subir ao seu apartamento e assassinar Mary, por estrangulamento.

Só foi encontrada no seu apartamento a 2 de outubro, pelo seu filho de 24 anos. Estava nua, deitada de costas num colchão.

As amostras recolhidas em 1984 incluíam madeixas de cabelo de Mary, raspas de unhas e pontas de cigarro, conta a BBC, mas na altura os peritos “não conheciam a análise de perfis de ADN. Não podiam saber o valor que poderiam ter”, explica no documentário da BBC Murder Case o diretor de investigação forense da Autoridade Policial Escocesa, Tom Nelson.

Só quase 30 anos mais tarde foi possível realizar, por fim, uma análise ao ADN contido nos cigarros identificados no local do crime, que apontava o criminoso sexual escocês Graham McGill como o autor do crime. Problema: esse homem estava preso quando Mary foi assassinada. Como foi isto o possível? É aqui que o enigma se intensifica. “Como é que podia ter cometido o crime se estava na prisão?”, questiona o investigador.

Era necessárias mais provas forenses para concluir o caso. Foi então que a equipa decidiu analisar o cordão do roupão com que Mary fora estrangulada.Também continha o ADN de McGill.

Foi então que um dos inspetores decidiu procurar noutro lugar: nos Registos Nacionais da Escócia. E foi então que encontrou um documento prisional com o nome do criminoso. Dizia: McGill – TFF. Mistério resolvido: no Reino Unido, TFF significa Treino para a Liberdade, ou seja, McGill teve dois dias de licença de fim de semana.

Quase 30 anos depois, em 2019, o assassino foi preso — tudo graças a uma beata. Há 30 anos, quem pensaria que seria possível usá-la para desvendar um crime?

ZAP //

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