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Um quarto das PME não tiveram apoios na pandemia

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Luís Forra / Lusa

Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) revela que, em Portugal, 25,5% das pequenas e médias empresas (PME), com quebra de vendas de 40% ou mais, não tiveram qualquer ajuda durante a pandemia de covid-19.

O relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), citado pelo Público, analisa as respostas governamentais à crise. Em Portugal, a ajuda direta com implicações orçamentais para as PME rondou os 3,6% do PIB.

“É um valor baixo comparado com o que outros países da OCDE gastaram para apoiarem a economia em 2020, em percentagem do PIB”, comentou Pierre-Alain Pionnier, economista sénior da OCDE.

O diário revela ainda que 21,4% das PME portuguesas receberam alguma forma de ajuda direta, sendo que houve 25,5% de PME (com quebra de vendas de 40% ou mais) sem qualquer ajuda, direta ou indireta.

Portugal ficou atrás do México, que gastou 0,6% do seu PIB em apoios às PME, da Colômbia, Turquia e Chile. A liderar a lista nos apoios estatais está a Nova Zelândia, com 18% do PIB aplicado.

Se forem analisados apenas os países do euro, Portugal foi o segundo país com menor esforço orçamental, o segundo com menor proporção de PME ajudadas (pior só a Eslováquia) e o que teve uma maior percentagem de PME sem qualquer apoio.

O relatório salienta que, nas vagas anteriores, as empresas mais jovens e as empresas mais pequenas sentiram maior dificuldade no acesso a apoios. Pierre-Alain Pionnier não consegue explicar porquê.

“O que sabemos é que empresas maiores e mais bem estabelecidas estão, regra geral, mais bem equipadas para falar com a banca, que estão mais bem informadas e sabem que apoios existem. Os critérios de elegibilidade também podem ter tido um papel relevante especialmente dos empresários em nome individual”, disse.

Ainda assim, a severidade das medidas de controlo sanitário contribuem para esta disparidade, uma vez que, quanto mais severas as medidas, maiores são as quebras e mais PME são afetadas – pelo menos, segundo a experiência.

Já a dimensão do choque económico não mostra ter relação estatística com o volume de apoios dados pelos Governos, que, segundo o Público, terá sido influenciado por outros fatores como a conjuntura macroeconómica ou o peso da dívida pública.

ZAP //

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1 Comment

  1. Ver na televisão o comportamento deste comerciantes, sempre a recusarem colaborar nas soluções para o combate ao vírus, todos vemos todos os dias que este ramo comercial lhe interessa mais vender uma cerveja do que impor rigidez nas condições para preservar os seus próprios clientes do contagio á covid 19, todos nos apreciamos a falta de higiene, a falta de higienização das mesas das cadeiras, o rigor nas mascaras dos clientes, os comerciantes na televisão malcriadamente e grosseiramente dizer que não tem nada que fazer teste ou vistoriar certificados recusando assim colaborar com as autoridades para a segurança dos seus próprios clientes, velos agora reclamar faltas de ajudas é criar o Pânico a qualquer cliente ao entrar nestas casas comerciais, que com tal moral nunca se terá confiança naquilo que aí se irá comer ou beber.
    Não merecem qualquer ajuda governamental.

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