Robin Van Lonkhuijsen / EPA

O número de rastreios realizados aos contactos de infetados com covid-19 desceu no final de junho, apesar de haver mais profissionais envolvidos no processo.
De acordo com a edição desta quarta-feira do jornal Público, na última semana de junho, Portugal teve a menor capacidade de rastrear e isolar contactos de pessoas infetadas com covid-19 desde que esses dados começaram a ser revelados no relatório das “linhas vermelhas” da pandemia, a 3 de abril.
O relatório de 9 de julho mostra que só foi possível rastrear 74% dos contactos, o que significa que isso não aconteceu com cerca de um quarto dos casos. No primeiro relatório, a percentagem era de 91,5%.
Esta descida acontece apesar de o número de profissionais de Saúde envolvido no processo ter aumentado. O diário escreve que, no início, havia 121 por dia a participar nos rastreios, sendo que no último relatório, de 9 de julho, já eram 336.
Especialistas ouvidos pelo Público asseguram que o aumento dos profissionais pode, no entanto, não ser suficiente para resolver os problemas na prática.
Em primeiro lugar, porque o aumento de casos pode significar que o número de profissionais pode ter de ser ainda maior, ou de fazer mais horas; e em segundo, porque os peritos apontam um maior cansaço da parte dos profissionais e uma menor disponibilidade para colaborar do lado dos rastreados.
O relatório da DGS também não clarifica se a capacidade de resposta mais baixa é generalizada ou se está centrada em algumas regiões do país.
Por isso é que não há casos. Ou, então, o Covid anda a comer demasiado leitão… poderá estar a tratar uma infeção gástrica no CUF…