O acidente de esqui sofrido por Michael Schumacher nos Alpes franceses completou um mês esta quarta-feira. E o ex-piloto de Fórmula 1, maior campeão da história da categoria, com sete títulos conquistados, continua em coma induzido no Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, em França, onde deu entrada com graves lesões cerebrais depois de cair e bater com a cabeça numa pedra, a 29 de dezembro.
As informações sobre o estado de saúde do alemão de 45 anos têm sido raras durante este primeiro mês de internação, com a família do ex-piloto a evitar divulgar a evolução do seu tratamento. A última vez que houve um anúncio oficial sobre a condição de Schumacher foi no último dia 17, quando Sabine Kehm, empresária do ex-piloto, disse que a situação do mesmo era “estável“.
“A família do Michael está muito satisfeita e confiante no trabalho do grupo de médicos que o atende, confiam plenamente neles. A condição do Michael, contudo, é considerada estável”, disse na altura a agente, ocasião em que pela primeira vez um comunicado sobre o seu estado de saúde não trouxe a palavra “crítica” para descrever a condição do heptacampeão mundial de F1.
Segundo Sabine Kehm, a família de Schumacher já recebeu mais de mil cartas de fãs e admiradores, além de presentes e outras demonstrações de apoio, muitas delas de pilotos como Felipe Massa, ex-companheiro do alemão na Ferrari. No último domingo, centenas de fãs realizaram uma marcha pelo circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, onde o ex-piloto venceu a sua primeira corrida, em 1992.
Investigação
No último dia 8 de janeiro, investigadores da Justiça francesa que apuram as causas do acidente sofrido por Schumacher confirmaram oficialmente que ele estava fora do percurso normal da pista da estância de esqui de Meribel no momento da queda. A investigação apontou que o alemão esquiava a uma velocidade aceitável quando caiu, mas estava a cerca de nove metros de distância do percurso demarcado para os esquiadores.
Devido ao impacto da queda, o alemão teve o capacete dividido em dois depois de se desequilibrar, cair e bater com a cabeça numa rocha. Os médicos que o atenderam confirmaram que o equipamento de protecção lhe salvou a vida.
Por causa do grande assédio da imprensa e de fãs ávidos por novas notícias sobre o estado de saúde de Schumacher, a esposa do ex-piloto, Corinne, chegou a pedir publicamente para que todos deixem a sua família “em paz” neste momento difícil.
Futuro incerto
Em coma induzido, Schumacher passou por duas cirurgias desde o seu internamento por causa das graves lesões sofridas no seu cérebro. Não se sabe por quanto tempo permanecerá internado, e as sequelas que os problemas cerebrais poderão acarretar ainda são imprevisíveis. Aliás, ainda não se sabe sequer se ou quando o alemão sairá do estado de coma.
Maior campeão da história da F1, Schumacher acumulou dois títulos pela Benetton antes de se consagrar com cinco campeonatos seguidos conquistados com a Ferrari. Reformou-se definitivamente do automobilismo em 2012, depois de somar 91 vitórias na categoria.
ZAP / MA / AE
Acidente de Schumacher
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