Um boa noite de sono ao fim-de-semana reduz o risco de doenças cardíacas em até 20%

Uma equipa de cientistas descobriu que as pessoas que recuperam o sono perdido aos fins-de-semana podem reduzir o risco de doença cardíaca em até 20%.

Os resultados apresentados no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia 2024 mostraram que, nas pessoas com privação de sono que dormiam mais ao fim de semana, o risco de doença cardíaca diminuiu um quinto em comparação com as que dormiam ainda menos.

Segundo o EurekAlert!, os investigadores analisaram os dados de 90.903 pessoas que fazem parte do projeto UK Biobank, que contém registos médicos e de estilo de vida de meio milhão de indivíduos. Destas, 19.816 preenchiam os critérios para serem privadas de sono.

Além disto, a equipa utilizou informações hospitalares sobre o registo das causas de morte para identificar as pessoas que tinham doenças cardíacas, insuficiência cardíaca, ritmo cardíaco irregular e acidente vascular cerebral.

Durante um período de acompanhamento de 14 anos, a equipa descobriu que as pessoas com mais horas de sono extra (variando entre 1,28 e 16,06 horas de sono adicional durante os fins-de-semana) tinham menos 19% de probabilidades de desenvolver doenças cardíacas do que as que tinham menos horas de sono compensatório (variando entre perder 0,26 e 16,05 horas durante o fim de semana).

Num subgrupo de pessoas com privação de sono diária, as que tinham o sono mais compensatório tinham um risco 20% menor de desenvolver doenças cardíacas do que as que tinham menos, disseram os investigadores.

“Os nossos resultados mostram que, para a proporção significativa da população da sociedade moderna que sofre de privação de sono, as pessoas que dormem mais ao fim de semana têm taxas de doença cardíaca mais baixas do que as que dormem menos”, conclui o coautor do estudo Zechen Liu, em comunicado.

É importante para relembrar as pessoas de tentarem dormir pelo menos sete horas por noite aos fins-de-semana de modo a meterem em dia o sono irregular adquirido durante a semana.

No futuro, espera-se compreender melhor o impacto dos padrões de sono no coração e de que forma se devem adaptar os atuais estilos de vida para ajudar a melhorar a nossa saúde.

Soraia Ferreira, ZAP //

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