A Unidade Local de Saúde São José, em Lisboa, denunciou ter dificuldade em contratar mais mediadores ciganos pelo facto de a carreira não ser reconhecida.
A Unidade Local de Saúde São José é a única em Lisboa onde trabalha um mediador sociocultural de etnia cigana.
É assistente operacional, mas – denúncia feita pelo membro do conselho de administração da ULS – não tem a carreira devidamente reconhecida.
Em entrevista à agência Lusa, Paulo Espiga sublinhou que ter um mediador de etnia ciagana “é algo estratégico”, tendo em conta a população que se dirige aos vários hospitais e que “tem uma determinada forma de estar na vida quando algum dos seus familiares está doente”.
“Eu tenho que saber respeitar o espaço dos outros e ter um mediador, ter o Bruno neste caso, é algo que vai além desta questão do comportamento porque estamos a falar de uma população, os portugueses de etnia cigana, que têm um nível de literacia em saúde muito inferior à média”, observou Paulo Espiga.
Salientou que em causa estão o nível de educação e de pobreza, que “trazem resultados em saúde e níveis de saúde muitíssimo baixos”.
“Estas pessoas estão em desvantagem logo à partida”, alertou, apontando que todas as pessoas têm necessidades, mas que às vezes é preciso acautelar respostas diferentes para ter as necessidades de todos supridas.
Exemplo disso, apontou Paulo Espiga, está no facto de a unidade ter um mediador sociocultural cigano, cuja função é exatamente a de fazer a ponte entre as pessoas ciganas e os diferentes serviços hospitalares, orientando-as e ajudando-as a compreender como é que tudo funciona.
“É absolutamente essencial termos um mediador porque de facto tira esta diferença, esta desvantagem que as pessoas tinham à partida e que muitas vezes gerava conflitos”, defendeu, referindo que as pessoas chegam aos hospitais ansiosas e com medo, o que ajuda a gerar conflito pela “instabilidade emocional muito grande”.
Por outro lado, adiantou, somam-se a baixa iliteracia, desconfianças e “preconceitos absolutamente enraizados”, que, juntos, levam a comportamentos que não são adequados.
“Isto gerava conflito e conflito leva a mais conflito e o trabalho que temos vindo a fazer com o Bruno é exatamente o de diminuir o conflito de algumas situações”, explicou o responsável.
“Mediadores são fundamentais”…
Para Paulo Espiga, “é absolutamente estratégico e não contingencial” a aposta num mediador e defende a necessidade de mais pessoas com esta função, “não tanto para a questão de conflito, mas para capacitar” as pessoas que se dirigem aos hospitais, para que percebam por que razão vão a uma consulta ou por que é que não são imediatamente atendidas, por exemplo.
“Muitas vezes não sabiam [navegar no sistema] e achavam que isto era contra elas por serem ciganas e não porque era para elas como era para qualquer outro que não soubesse perguntar”, apontou.
… mas não é possível contratá-los
Paulo Espiga lamentou que, apesar da importância da função, não pode contratar mais mediadores porque a carreira não existe e a função não é devidamente reconhecida, o que obriga o atual e único a dividir-se por seis hospitais: Dona Estefânia, Santa Marta, São José, Curry Cabral, Santo António dos Capuchos e a Maternidade Alfredo da Costa
Segundo Paulo Espiga, os únicos quadros de pessoal que consideram mediadores ciganos são os do Ministério da Educação e das autarquias, que são autónomos, apontando que terá de ser a entidade responsável pelo emprego público “a prever que nos quadros de pessoal, neste caso da saúde, possam existir mediadores” e desbloquear a atual situação.
E lembrou que a necessidade fala por si, já que outros hospitais de Lisboa frequentemente pedem que este mediador os ajude, o que demonstra que “há uma necessidade”.
// Lusa
A igualdade é algo previsto na constituição portuguesa.
A não descriminação implica o tratamento igual ao cidadão, independentemente da sua origem , ideologia, etnia ou religião.
Quem é o cidadão que tendo um familiar num hospital não se encontra fragilizado? Quem não quer acompanhar? Quem não quer ser atendido rapidamente?
Em vez de criar acessibilidade cria se um fenómeno de descriminação para a maioria da população, apenas baseado num factor: o medo da agressão e insulto por parte deste grupo específico de cidadãos.
Não vejo um mediador para os árabes, para os judeus, para originários de palops ou muçulmanos…. Sabem porque? Porque não inspiram insegurança
O reconhecimento da carreira, que desenvolve uma mediação válida e nesmo indispensável, é um tema que surge com toda a legitimidade.
Um bom tema, nesta fase de apresentação dos programas dos partidos políticos,
(quiçá do Chega, hihihi! – desculpem a ironia, foi a brincar).
@José Gomes de facto neste país cor de rosa querem ser inclusivos tentando favorecer minorias, e acabam por descriminar a maioria da população,
@Lucinda continua fechada na sua ideologia de extrema esquerda e por conseguinte apoia todas as ideias absurdas desses partidos.
José Gomes, a questão não é essa
Os ciganos têm uma relação cultural com a doença, muito particularmente ao nível dos interbanentos, muito diferente da nossa.
Já deve ter reparado que, quando há um cigano que seja, em processo de interbanenti, todos os seus familiares “acampam” na entrada do hospital, até o doente ter alta.
Quando se trata dos filhos menores, fazem questão de serem eles a fazer as camas com roupa nova, considerando um insulto a mera sugestão de utilização das roupas hospitalares.
É um ponto de honra de que não abdicam.
Acresce que o pessoal auxiliar, médico, segurançasbiu qualquer funcionário do hospital que com eles se cruze cá fora, é insistentemente abordado, no sentido de lhes autorizar o acesso ao doente, em contexto de visita.
Não é por mal que o fazem, nas tudo isto causa embaraços e por vezes reações menos corretas de ambas as partes, que serão perfeitamente evitadas ou contornadas, com a figura de um mediador que eles respeitem, na sua pessoa e na sua função.
Obviamente que a necessidade dessa função, nesse sentido, seria uma questão de tempo, mas não faltariam, num hospital, bons motivos para outros desempenhos.
Joe,
Não vá por aí. Sofro de patologia claustrofóbica em ambientes fechados.
Já o Joe, além de fechado está amarrado, por comodidade ou influência cultural, no seu conceito de “ideias absurdas”.
Desbloqueie. Verá como respira melhor.
Os ciganos nascem portadores de alguma anomalia psíquica que os impede de aprender, e se actualizar?
Não veem que isto dos mediadores é estar a menorizá-los e a passar-lhes um atestado de incapacidade.?
A única mediação que precisam, ao dirigirem-se a um hospital, é portarem-se com respeito por todo o pessoal que lá trabalha, e pelas outras pessoas que esperam ser atendidas.
A dita Lucinda não sabe do que fala !
Alugue-lhe a sua casa, convide~os para a sua casa ,coloque os seus filhos e netos na turma deles, vá viver para os prédios deles e deixe-se de teorias, .
A lucinda é como os outros cor de rosa e vermelhos : defendemos a escola pública mas os meus filhos estudam no colégio moderno e no estrangeiro !!
Defendemos o SNS mas quando é o PR é operado num hospital privado !
O povo na sua imensa sabedoria diz : pimenta no dito do outro é refresco !
Eu gosto de propor coisas simples.
E porque é que os que precisam de mediador de saude não vão para os seus países de origem e deixam de estar aqui a estorvar, roubar e mais coisas…
Resolvia várias coisas, uma delas a das filas que reduzia substancialmente e, cada um nos seus países de origem, não precisavam de mediador porque já se entendiam plenamente… verdade?
Asdrubal.
Deixe de ver-se ao espelho e julgar os outros por si.
Se esse azedume todo advém de algum assunto mal resolvido com ciganos, deve resolve-lo, que mais não seja para provar a si próprio a superioridade com que se julga em relação a eles.
Pela parte que me toca, antes quero lidar com verdadeiros ciganos, entre os quais conheço ótimas pessoas, do que com aqueles que não parecendo o que são, são aquilo que eles parecem.
Se não percebeu, leia até perceber.
Os ciganos que já ensinei a ler, conseguem à primeira.
Perplexo,
não fique perplexo com o que lhe vou dizer.
Os ciganos são, na sua maioria, tão corretos como qualquer um com educação.
Já da parte de alguns que com eles lidam e deles falam, não se pode dizer o mesmo.
Para o comprovar, oiça um certo doutorado da nossa classe política. Um bronco, despeitado, deselegante, mal educado, que no fim da sua desagradável conversa, tem o desplante de apelidar os ciganos de incultos e parasitas .
Por estranho que pareça, há quem não goste de ciganos, mas gosta dele e do seu discurso.
Já quanto à moral da história, deixo a seu encargo.
Tanto alarido porque uma certa Etnia , recusa de se comportar com Civismo quando se dirigem a um Serviço Publico . Não respeitam as Instituições e seus Profissionais , como querem ser respeitados ? …..isto vale para qualquer outra classe de Individus que não se sabem comportar , sejam Eles Europeus , Negros , Amarelos , Bronzeados e até Multicoloridos !