Yuri Kochetkov / EPA
O presidente da Rússia, Vladimir Putin
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) aprovaram esta segunda-feira formalmente o prolongamento das sanções económicas à Rússia até janeiro de 2016.
“A UE prolongou as sanções contra a Rússia até 31 de janeiro de 2016, com vista a uma completa aplicação dos acordos de Minsk“, segundo fontes comunitárias.
As sanções impostas à Rússia visam o setor bancário, do petróleo e da defesa e ainda o congelamento de bens a personalidades russas e ucranianas.
Nos acordos de Minsk, de 12 de fevereiro, os dirigentes europeus e os presidentes da Ucrânia e da Rússia chegaram a um “acordo sobre o essencial”, em particular um cessar-fogo na Ucrânia e a retirada das armas pesadas da linha de frente dos combates.
No entanto, o secretário do conselho de segurança russo afirmou hoje que Moscovo não tem meios que permitam impedir voluntários russos de combater no leste da Ucrânia, os quais, afirmou, são “guiados pelas emoções”.
“Não os encorajamos e não os recompensamos. Mas a verdade é que é impossível impedi-los” de ir para a Ucrânia, disse Nikolai Patrushev ao diário russo Kommersant.
“Há mais de dois milhões de refugiados ucranianos na Rússia. Falam das atrocidades, dos combates e a emoção incita os outros a partir”, acrescentou o responsável, um dos principais conselheiros do presidente, Vladimir Putin, em questões de segurança.
A Ucrânia e os aliados ocidentais acusam a Rússia de manter tropas no leste separatista ucraniano, o que é negado pelas autoridades russas, segundo quem os russos em território ucraniano são voluntários sem vínculo às forças militares.
O conflito no leste da Ucrânia prolonga-se há 15 meses e já fez quase 6.500 mortos e um milhão de refugiados.
/Lusa
