A União Europeia assinou esta sexta-feira, em Bruxelas, acordos de associação com a Ucrânia, Geórgia e Moldávia que, sublinhou Durão Barroso, “não são contra ninguém”.
A assinatura destes acordos teve lugar em Bruxelas, antes do início do segundo dia de trabalhos do Conselho Europeu, com a presença do Presidente de Ucrânia, Petró Poroshenko, do primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Garibashvili, e do primero-ministro de Moldávia, Iurie Leanca.
Este compromisso, que tem em vista uma aproximação destes países à UE, passa não apenas por acordos económicos mas também por reformas a nível interno, por exemplo, a nível da justiça e da administração pública, transparência das instituições e combate à corrupção.
O acordo assinado com os três países “é positivo e não é contra ninguém”, sublinhou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, alundindo à oposição de Moscovo a estas parcerias. “É importante salientar que não estamos a procurar uma relação exclusiva com os nossos três parceiros”, referiu no seu discurso.
Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, considerou ser este “um grande dia para a Europa”.
Rússia avisa Ucrânia que associação à UE terá “graves consequências”
A Rússia alertou “para as sérias consequências” dos acordos de associação económica dos antigos estados soviéticos da Ucrânia e da Moldávia à União Europeia, apesar da objeção do Kremlin.
“A consequência da assinatura da Ucrânia e da Moldávia vai ser muito séria”, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros Grigory Karasin à agência de notícias russa Interfax.
No entanto, o mesmo responsável sublinhou que “a assinatura de um documento tão sério é, claramente, um direito soberano de qualquer Estado”.
ZAP / Lusa