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Refugiados ucranianos podem ajudar a resolver falta de mão de obra em Portugal

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Sergey Dolzhenko / EPA

Protestos ucranianos em frente à embaixada de Kiev

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) saúda as declarações do primeiro-ministro, António Costa, sobre o acolhimento de refugiados ucranianos, defendendo que, além de razões humanitárias, pode ajudar a suprir a falta de mão-de-obra em Portugal.

A posição da AEP consta de uma carta assinada pelo presidente da associação, Luís Miguel Ribeiro, dirigida ao ministro de Estado, da Economia, e Transição Digital, Pedro Siza Vieira.

“O acolhimento de refugiados, além de razões humanitárias, também pode ajudar a suprir necessidades do mercado de trabalho e o défice crescente de população activa”, pode ler-se na carta a que a Lusa teve acesso.

O presidente da AEP acrescenta que “saúda, por isso, a intenção expressa pelo senhor primeiro-ministro de acolhimento de refugiados da Ucrânia (incluindo amigos e familiares de ucranianos já a residir no nosso país), que se prevê que possam atingir um volume elevado devido à intervenção militar da Rússia naquele país”.

Para o líder da associação, são assim necessárias “medidas efectivas” que facilitem a integração de imigrantes e refugiados, nomeadamente “a redução da elevada carga burocrática e o ágil reconhecimento de competências, complementado pela formação necessária a uma melhor inserção nas empresas”.

A AEP diz-se disponível para colaborar com o Governo “na implementação de programas de regresso de emigrantes e de integração de imigrantes e refugiados no mercado de trabalho”, sublinhando que, neste campo, as associações empresariais poderão desempenhar “um importante papel”.

Na carta, Luís Miguel Ribeiro realça que a AEP tem defendido o estabelecimento de acordos internacionais de captação de imigrantes de qualificações intermédias com os sectores com maiores necessidades, em articulação com as associações empresariais.

É estratégico que o país aposte fortemente na inserção de imigrantes no mercado de trabalho”, afirma.

Mais de 120 mil pessoas já fugiram da Ucrânia

Desde que a Rússia começou o ataque ao país vizinho, na quinta-feira, já fugiram da Ucrânia mais de 120 mil pessoas, segundo dados da agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Os ucranianos estão, principalmente, a fugir para a Polónia e para a Moldávia, mas também para a Roménia, Eslováquia e Hungria, de acordo com a vice-alta comissária do ACNUR, Kelly Clements.

“A recepção que estão a ter das comunidades locais, das autoridades locais, é tremenda, mas é uma situação dinâmica, e estamos muito devastados, obviamente, com o que vem a seguir”, alerta Clements em entrevista à CNN, vincando que o cenário deverá piorar nos próximos dias.

ZAP // Lusa

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7 Comments

  1. Quase-escravos trabalhanddo por um punhado de lentilhas, para fazer concorrência à mão-de-obra nacional que não aceita salários miseráveis.

  2. São seguramente melhores que os ciganos que quase iam matando os enfermeiros no hospital de Famalicão.
    Bloqueiros não se esqueçam de os defender!!!

  3. Racismo ? Quando vou trabalhar antes vou tomar um Cafe,os funcionarios sao brasileiros ,as lojas ali ope uma de Chineses de venda de produtos de ma qualidade,uma barbearia de um marroquino ,loja de telemoveis pakistaneses ,mini mercado de uns indianos ,nos campos de estufas nos limites da cidade uma data de gente do Bangladesh e ainda criticam os ucranianos que vem para aqui serem explorados na restauraçao ! Metade dos meus amigos Imigrou ,agora dizem que fazem falta

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