Soldados ucranianos desertaram em França – e ninguém pode apanhá-los

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Press service of the 24 Mechanized brigade/EPA

Soldado ucraniano

Soldados estavam a realizar treinos em França. Franceses não os podem prender, poderes dos ucranianos são limitados.

Dezenas de soldados ucranianos têm desertado nos últimos meses em França, onde realizavam formação, exercícios.

A informação foi confirmada por um militar francês, em declarações à
Agência France-Presse.

“Tem havido um grande número de deserções, dezenas“, admitiu a fonte, que no entanto sublinha que “dada a quantidade de pessoas que foram treinadas, é um número muito baixo”.

De acordo com o jornalista Yuriy Butusov, em Dezembro 50 soldados ucranianos já tinham desertado em França.

Estima-se que o exército francês esteja a formar cerca de 2.300 soldados ucranianos, por causa da guerra com a Rússia.

O que acontece?

Estes que fugiram estavam estavam em quartéis franceses, por isso “tinham o direito de sair”, explica o militar francês.

E agora, legalmente, ninguém pode apanhar os desertores.

Estes soldados ucranianos treinados em França estavam sujeitos a um regime disciplinar “imposto pelo comando ucraniano”.

França não criminaliza a deserção. A Justiça francesa nada faz nestes casos, não haverá qualquer consequência penal para os desertores.

O poder dos ucranianos neste caso é limitado: “O direito concedido às autoridades ucranianas em solo francês é apenas um direito disciplinar”, continuou a fonte.

A maioria dos soldados ucranianos que seguiram para França são recrutas sem experiência de combate. Foram acompanhados por 300 supervisores ucranianos.

O comandante ucraniano Mykhailo Drapaty já tinha admitido que há “problemas” com a unidade militar, precisamente após relatos de que muitos dos seus soldados tinham desertado. “Sim, há problemas e temos consciência disso” – e não negou o número de 50 soldados desertores.

ZAP //

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1 Comment

  1. Não foram dezenas, foram perto de mil. Sinal de que há ucranianos que já perceberam que o conflito com a Rússia deve ser resolvido por via diplomática e não numa guerra que a Ucrânia não pode ganhar.

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