Grande reviravolta na Ucrânia: Yulia Svyrydenko será primeira-ministra

Volodymyr Zelenskyy / X

Volodymyr Zelenskyy com Yulia Svyrydenko

Denys Chmygal foi o primeiro-ministro mais “duradouro” da história da Ucrânia; agora passa a ser ministro da Defesa.

Volodymyr Zelenskyy propôs nesta segunda-feira a nomeação da sua atual ministra da Economia, Yulia Svyrydenko, para primeira-ministra, uma medida que representará uma grande reviravolta política para uma Ucrânia devastada pela guerra.

Yulia Svyrydenko, 39 anos, destacou-se este ano durante as difíceis negociações sobre o acordo relativo a minerais assinado com os Estados Unidos.

“Propus que Yulia Svyrydenko liderasse o Governo ucraniano e renovasse o seu trabalho em profundidade”, escreveu Zelensky nas redes sociais.

“Aguardo com expectativa a apresentação do plano de ação do novo Governo, em breve”, acrescentou, acompanhando a sua mensagem com uma fotografia sua e de Yulia Svyrydenko.

Esta nomeação tem ainda de ser aprovada pelo parlamento ucraniano, que se uniu amplamente ao Presidente desde a invasão russa e espera-se que, salvo uma surpresa inesperada, o órgão legislativo apoie a sua escolha.

Yulia Svyrydenko, que já era vice-primeira-ministra, foi nomeada ministra da Economia poucos meses antes do início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

O Presidente ucraniano propôs também a nomeação do primeiro-ministro cessante, Denys Chmygal para o cargo de ministro da Defesa, no âmbito de uma remodelação governamental, ainda a aprovar pelo parlamento.

“A imensa experiência de Denys Chmygal será certamente útil no cargo de ministro da Defesa da Ucrânia”, afirmou Zelensky no seu habitual discurso da noite.

Denys Chmygal era primeiro-ministro desde o início da pandemia, março de 2020. Passou assim a ser o primeiro-ministro que esteve no cargo durante mais tempo, desde que a Ucrânia se tornou independente em 1991.

Estas alterações surgem numa fase de menos esforços diplomáticos para terminar a guerra com a Rússia. A Ucrânia procura reavivar a sua economia – que passa por dificuldades financeiras – e desenvolver uma indústria nacional de armamento.

ZAP // Lusa