Uber vai exigir uso de máscaras (e motoristas vão ter de tirar uma fotografia para o provar)

Os motoristas da Uber vão ter de tirar uma fotografia antes de cada serviço a comprovar o uso de máscara, que também será obrigatória para os passageiros.

Numa reunião digital com jornalistas, a empresa liderada por Dara Khosrowshahi indicou que as novas medidas de proteção contra a covid-19 serão obrigatórias em quase todos os seus mercados: Estados Unidos, Europa, México, Canadá e grande parte da América Latina e Ásia.

A Uber já tinha recomendado o uso de máscara aos seus motoristas, mas agora vai mais longe e obriga-os a tirar uma fotografia com o equipamento colocado, devendo a mesma ser partilhada na aplicação antes da entrada de passageiros no veículo.

Quanto aos utilizadores da plataforma, não estão obrigados a tirar uma fotografia, mas devem usar máscara, sem a qual a Uber recomendou aos seus motoristas o cancelamento das viagens.

A empresa sediada em San Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, também recomendou que as janelas dos veículos sejam mantidas abertas durante as viagens para melhorar a circulação de ar, limitando a três o número de passageiros que podem andar em cada veículo, todos no banco traseiro.

A Uber anunciou na semana passada perdas de 2.946 milhões de dólares (cerca de 2.720 milhões de euros) entre janeiro e março, coincidindo com o início da pandemia global da covid-19, um número três vezes maior do que os 1.016 milhões (930 milhões de euros) que perdeu no mesmo período do ano passado.

Naquela ocasião, e apesar dos fracos resultados, Khosrowshahi enviou uma mensagem otimista, assegurando que, depois de “atingir o fundo do poço” em meados de abril, as contas da Uber estavam a recuperar, pouco a pouco, nas últimas semanas e que, embora lhe parecesse óbvio não ser possível tornar a empresa lucrativa em 2020, o atraso seria uma questão de “trimestres, mas não anos”.

Nesse mesmo dia, a empresa anunciou a emissão de 750 milhões de dólares (692 milhões de euros) em títulos de dívida para “possíveis aquisições e transações estratégicas”.

ZAP // Lusa

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