Uber quer investir 500 milhões para criar os seus próprios mapas

A dependência face ao Google Maps levou a empresa a querer investir cerca de 500 milhões para fazer os seus próprios mapas.

A Uber planeia investir 500 milhões de dólares num ambicioso projeto global de mapas, uma medida que pode ser explicada essencialmente por dois motivos.

Por um lado, essa será uma forma de acabar com a dependência face ao Google Maps e, por outro, permitirá avançar com os planos para os carros autónomos.

Esta nova “aventura” da aplicação não pode ser considerada uma surpresa, já que, no ano passado, a empresa contratou Brian McClendon.

Antes de chegar à aplicação, McClendon era um executivo proeminente da Google, que liderava precisamente a unidade Google Maps.

“O Uber não existiria se não tivessem sido criados primeiro mapas digitais interativos. Durante mais de uma década, ajudei a liderar esse esforço à frente do Google Maps. Hoje, lidero os projetos de mapeamento da Uber para assegurar que oferecemos viagens seguras e fiáveis – onde quer que você esteja”, escreveu o responsável no blogue da aplicação.

Os mapas existentes são um bom ponto de partida, continuou, mas contêm informações que não são relevantes para a Uber – por exemplo, a topografia dos oceanos.

E há outras informações que, pelo contrário, ainda são escassas, como padrões de trânsito e a localização precisa dos pontos de partida e de chegada dos clientes.

Mais importante ainda: a empresa quer garantir boas experiências em qualquer parte do mundo, mesmo onde não existem mapas detalhados ou até mesmo sinais de trânsito.

“A necessidade de mapas personalizados para a experiência Uber é o motivo pelo qual estamos a duplicar o nosso investimento nos mapas”, referiu.

Depois de terem posto carros com tecnologia na estrada para melhorar os mapas nos Estados Unidos, a Uber está agora a fazer o mesmo no México.

McClendon refere que os esforços da empresa são semelhantes aos de outras companhias, como a Apple e a TomTom.

As imagens captadas por estes carros vão ajudar nessa melhoria da localização dos pontos onde os condutores apanham os clientes e onde os deixam, além de rotas alternativas e ideais. Assim que terminarem o projeto no México, vão começar a fazer o mesmo teste noutros países.

“Na última década, a inovação nos mapas provocou disrupção em indústrias e mudou a vida quotidiana de formas que eu não poderia ter imaginado quando comecei”, admite o executivo.

“Esse progresso só vai acelerar nos próximos anos, em especial com tecnologias como os carros autónomos“, vaticinou.

ZAP / B!T

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