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Didi Chuxing compra Uber chinesa e encerra guerra de biliões

(dr) China Daily

Didi, a Uber chinesa

Didi, a Uber chinesa

A aplicação de transporte Uber e o seu rival chinês  vão fundir as suas operações na China, pondo fim a uma renhida competição pelo mercado na segunda maior economia do mundo.

De acordo com a agência Bloomberg, o negócio permitirá à Uber ficar com 20% da futura empresa.

Ambas as firmas gastaram milhares de milhões de dólares com subsídios para motoristas e passageiros, e trocaram acusações mutuamente, como parte de uma campanha pelo domínio do mercado chinês.

A estrutura do acordo permitirá à Didi Chuxing controlo indiscutível.

O negócio deverá ser formalmente anunciado ainda esta segunda-feira, segundo o Wall Street Journal.

Uma mensagem que circula nas redes sociais chinesas, alegadamente escrita pelo presidente executivo da Uber, Travis Kalanick, diz: “Aprendi que, para obter sucesso, é preciso ouvir a cabeça e seguir o coração”.

Ambas as empresas estavam a “investir milhares de milhões de dólares na China e ambas não conseguiram ainda registar lucros”, lê-se na mensagem.

“Alcançar lucros é a única forma de construir um negócio sustentável, capaz de melhor servir os passageiros chineses, motoristas e as cidades, a longo prazo”, acrescenta.

Na semana passada, a China legalizou de forma definitiva as operações das aplicações de transporte, tornando-se o primeiro país a aprovar uma lei para regular este modelo de negócio.

A normativa obriga as empresas do setor a pagar impostos e proíbe-as de praticar políticas agressivas de preços, “suscetíveis de causar perturbações no mercado”, restringindo possivelmente o recurso a subsídios.

Em maio, o gigante tecnológico norte-americano Apple investiu mil milhões de dólares no Didi Chuxing, que tem uma quota de quase 90% do mercado chinês.

Como parte da fusão, a Didi Chuxing investirá mil milhões de dólares na Uber, elevando o valor da firma para 68 mil milhões de dólares, detalhou a Bloomberg.

A Uber assumiu-se, nos últimos anos, como uma das mais valiosas startups, à medida que se expandiu para 50 países, mas tem enfrentado barreiras legais e protestos das companhias tradicionais de táxi em quase todo o mundo.

ZAP / Lusa

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