U.Minho lança inventário online de património geológico

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A Universidade do Minho lançou o primeiro inventário ‘online’ do património geológico de Portugal, que reúne 300 locais mais importantes da geodiversidade nacional e que permite compreender a história e a evolução do território português.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a universidade minhota explica que o inventário, acessível online, é resultado do projeto de investigação “Identificação, Caracterização e Conservação do património geológico: uma estratégia de geoconservação para Portugal”, coordenado por José Brilha, do Centro de Ciências da Terra da UMinho, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, tendo envolvido 70 geocientistas.

Entre os locais elencados estão os blocos erráticos de Valdevez (Gerês), o granito de Lavadores (Gaia), o fojo das Pompas (Valongo), os fósseis da Pereira do Valério (Arouca), o ‘inselberg’ de Monsanto (Idanha-a-Nova), o Pico de Ana Ferreira (Porto Santo) e o Algar do Carvão (ilha Terceira).

“Alguns locais apresentam riscos e não podem ser destruídos, pois são importantes testemunhos dos acontecimentos-chave que marcaram a história do planeta, sendo Portugal um dos países europeus com maior geodiversidade”, explica José Brilha.

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O professor José Brilha, do Centro de Ciências da Terra da UMinho

O professor José Brilha, do Centro de Ciências da Terra da UMinho

Entre as ameaças a este património nacional estão, enumera o texto, “ameaças humanas como o roubo e comércio ilegal de minerais e fósseis, o vandalismo, a mineração e a ausência de legislação”.

O portal, que inclui o inventário da fauna e flora dos geossítios, bem como o Sistema de Informação sobre o Património Natural e o Cadastro Nacional dos Valores Naturais Classificados, permite pesquisar por categoria temática, por região e obter dados individuais como áreas, regimes de propriedade e proteção, descrição e bibliografia.

A Universidade do Minho explica ainda que a “geoconservação compreende a inventariação, caracterização, classificação, conservação e divulgação dos geossítios, que possuem um importante valor científico, educativo e turístico, apelando-se à sua promoção sustentada para usufruto da sociedade”.

/Lusa

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