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Turquia será o primeiro país a ter drones militares equipados com metralhadoras

ASİSGUARD

A Turquia pode tornar-se o primeiro país do mundo a receber um drone com uma metralhadora acoplada, capaz de atingir alvos com alta precisão. O país espera que estes equipamentos sejam entregues até ao fim do ano.

De acordo com o New Scientist, o drone de 25 quilos tem oito lâminas rotativas que o colocam no ar. A metralhadora que vem acoplada carrega 200 cartuchos de munição e pode disparar tiros únicos ou rajadas de 15 cartuchos.

Muitos países e grupos já usam pequenos drones militares capazes de lançar granadas ou atingir alvos, nos quais detonam explosivos. O novo drone, denominado Songar e fabricado pela empresa Asisguard, com sede em Ancara, é o primeiro drone equipado com uma arma de fogo, pronta a ser utilizada.

Segundo o artigo, é difícil para um drone atirar com precisão, por um lado devido à dificuldade de avaliar o alcance e o ângulo e, por outro, porque o recolhimento de cada tiro move significativamente o equipamento, afetando o objetivo da próxima rodada.

Para superar esses desafios, o Songar dispõe de dois sistemas: um desses usa sensores – câmaras e um telémetro a laser -, para calcular a distância, o ângulo e a velocidade do vento, determinando assim o local para onde apontar; o segundo é um conjunto de braços robóticos que movem a metralhadora para compensar os efeitos do recuo.

A Asisguard afirma que este drone tem uma precisão tal que permite atingir uma área de 15 centímetros a 200 metros de distância. Isso é preciso o suficiente para que cada bala atinja um alvo do tamanho humano. O piloto do drone escolhe o alvo colocando mira sobre o mesmo, com recurso a uma tela inserida no controle remoto.

A empresa acredita que, com melhorias na precisão, o Songar seja capaz de atingir, em breve, alvos a mais de 400 metros de distância.

O drone possui ainda sensores noturnos para operar no escuro e tem um alcance de 10 quilómetros, podendo também operar em grupos. Para Ayhan Sunar, da Asisguard, um grupo composto por três desses drones pode ser pilotado com um único controle remoto, com o grupo a disparar ao mesmo tempo sob um determinado alvo.

Segundo Robert Bunker, do Instituto de Estudos Estratégicos do Exército dos Estados Unidos, na Pensilvânia, a preocupação é que grupos armados possam copiar a tecnologia e produzir as suas próprias versões improvisadas.

O Songar pode igualmente estabelecer novos usos para estes equipamentos, acrescentou.  Os drones com metralhadoras, por exemplo, poderiam lançar fogo supressor, enquanto outros realizavam ataques a alvos mais substanciais, como infraestruturas ou veículos.

As forças armadas turcas estão envolvidas no patrulhamento da fronteira do país com a Síria. Em outubro, a Turquia lançou ataques aéreos em cidades fronteiriças, resultando no deslocamento de centenas de milhares de pessoas, além de vários relatos de violações dos direitos humanos.

ZAP //

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