Os turistas que quiserem alugar um carro na Nova Zelândia poderão em breve ter de provar a sua capacidade de condução segundo as regras locais antes de receberem as chaves do veículo.
Apoiada por 25 empresas de aluguer de automóveis, a nova regra foi implementada para aumentar a segurança no trânsito e passa a valer a partir de junho, informou a Radio New Zealand.
Contudo, nem todos os visitantes estrangeiros precisarão ser submetidos ao teste. Os turistas terão que responder a algumas perguntas, entre as quais se já alugaram veículos fora do seu país e se já alguma vez conduziram pela esquerda.
Se os funcionários do rent-a-car não se convencerem de que o visitante estrangeiro está a par das regras de trânsito locais, podem submetê-lo a um rápido teste de condução. A avaliação estará disponível em quatro idiomas: inglês, francês, alemão e mandarim.
Acidentes fatais
A medida foi determinada na sequência de uma série de acidentes nas estradas do país nos últimos meses, alguns dos quais fatais, envolvendo condutores estrangeiros.
Os protestos realizados pela população local levaram a petições a reivindicar a introdução de um exame de condução para turistas, incluindo um abaixo-assinado criado por um rapaz cujo pai foi morto num acidente com um carro conduzido por um turista chinês.
A Associação da Indústria do Turismo (TIA) da Nova Zelândia reuniu-se com as principais empresas de rent-a-car do país para implementar a nova avaliação, que integra um Código de Boas Práticas.
O código inclui recomendações como dar mais informação aos turistas antes da sua chegada e partilhar informações entre as empresas de aluguer sobre os visitantes cujos contratos foram cancelados, informou o site de notícias Stuff.co.nz.
A TIA quer que o novo conjunto de medidas esteja concluído até outubro, altura do início da época alta na Nova Zelândia.
“Estamos à espera de uma alta do turismo no próximo verão”, afirmou ao site o chefe-executivo da TIA, Chris Roberts. “Por isso, queremos fazer tudo o que está ao nosso alcance para manter em segurança tanto os visitantes quanto os neozelandeses nas nossas estradas”, concluiu.
ZAP / BBC