(h) Polish Centre of Mediterranean Archaeology
Hieróglifos no túmulo de Mehczeczi.
Uma equipa de arqueólogos encontrou um túmulo que pertence a um “guardião dos segredos reais” chamado Mehcheczi.
Investigadores encontraram um túmulo com 4.300 anos que pertence a um “guardião dos segredos reais” do antigo Egito. Este homem terá servido dois antigos faraós da 6.ª Dinastia e vivido um caos político em torno de um assassinato real.
De acordo com os hieróglifos nas paredes, o homem chamava-se Mehcheczi e o seu túmulo foi encontrado no sítio arqueológico de Saqqara. Os hieróglifos revelam também que Mehcheczi teria tido acesso a “documentos secretos do Faraó”.
“Provavelmente graças a um bom trabalho, Mehczeczi conseguiu contratar uma equipa eficiente de artesãos, uma vez que o seu túmulo é decorado com relevos de beleza excecional”, disse Kamil O. Kuraszkiewicz, líder da equipa de investigação, citado pelo HeritageDaily.
Aliás, a qualidade dos relevos encontrados é de qualidade semelhante àqueles encontrados no túmulo de Merefnebef, outro funcionário de alto escalão da corte do faraó Teti. Isto levou os arqueólogos a questionarem-se se os dois foram feitos pelo mesmo artista.
Os investigadores dizem que o túmulo “elaborado” é perfeitamente adequado a um homem que ocupava uma posição de “grande estatuto” na corte real de Userkare, o segundo faraó egípcio da 6.ª dinastia.
Muitos historiadores referem-se a Userkare como um “assassino”, acreditando-se que o faraó esteve envolvido num esquema para assassinar o seu pai e antecessor, o faraó Teti.
Tendo sido um guardião de segredos para Teti e seu filho Userkare, Mehczeczi deve ter tido um trabalho atribulado.
“É possível que ele tivesse o direito de saber quais documentos foram criados na chancelaria real antes de serem publicados”, disse Kuraszkiewicz. “Mas isso é apenas um palpite, porque para os tempos que estamos a falar, temos poucas informações”.
