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Trump faz ultimato à OMS: ou muda ou os Estados Unidos saem

Jim Lo Scalzo / EPA

Donald Trump ameaçou terminar indefinidamente a contribuição para a Organização Mundial de Saúde (OMS), no prazo de 30 dias, e admitiu a possível saída dos Estados Unidos da organização.

O Presidente norte-americano foi taxativo: “Se a OMS não se comprometer com melhorias significativas nos próximos 30 dias, tornarei a suspensão temporária de fundos à OMS permanente e reconsiderarei a nossa participação na agência.”

Donald Trump assumiu esta posição numa carta que enviou ao diretor-geral da Organização Mundial da Saúde e partilhada no Twitter.

Na missiva, com quatro páginas, o Presidente anunciou que a sua Administração já “iniciou conversações sobre como reformar a organização” com o responsável da OMS, Tedros Ghebreyesus, acrescentando que “não há tempo a perder” e que “é necessário atuar rapidamente”.

Trump considerou que a OMS tem “uma alarmante falta de independência” em relação à China, frisando que entre as reformas planeadas por Washington está a desvinculação de Pequim.

“A única forma de avançar, para a OMS, é se realmente for capaz de demonstrar independência em relação à China”, escreveu na carta, que elenca uma série de queixas que os Estados Unidos atribuem a Tedros Ghebreyesus e a Pequim na gestão da pandemia do novo coronavírus.

O Presidente dos EUA anunciou em meados de abril a suspensão dos pagamentos à OMS, que, nas suas palavras, “devia ter percebido e provavelmente percebeu” o que ia acontecer com a pandemia de covid-19.

As críticas de Donald Trump à atuação da OMS são constates, acusando-a de não ter alertado suficientemente cedo para os riscos da pandemia, de falta de transparência e de alegado favorecimento da China.

ZAP // Lusa

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