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“Se Trump não fosse Presidente seria acusado de obstrução à Justiça”

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Nathan Congleton / Flickr

Donald Trump, Presidente norte-ameriano

Mais de 370 antigos procuradores assinaram uma carta na qual defendem que a conduta de Donald Trump resultaria em “múltiplas acusações de obstrução” à justiça caso não fosse Presidente dos Estados Unidos.

William Barr, procurador-geral norte-americano, defendeu que os resultados da investigação conduzida por Robert Muller à ingerência russa nas eleições de 2016 e ao alegado conluio entre Moscovo e Trump, não são suficientes para incriminar o Presidente. Mas esta é uma questão que continua a ser debatida.

Numa carta divulgada esta segunda-feira, mais de 370 antigos procuradores que estiveram em funções em presidências republicanas e democratas, afirmam que Donald Trump só não é acusado de obstrução à justiça porque é Presidente dos Estados Unudis.

“Cada um de nós acredita que a conduta de Trump, conforme descrita no relatório do procurador-especial Robert Mueller, resultaria em múltiplas acusações de obstrução à justiça caso ele não estivesse protegido pelas políticas que impedem que se acuse um Presidente em exercício das suas funções”, referem na carta divulgada pela Protect Democracy, uma organização sem fins lucrativos.

Os signatários afirmam ainda que as várias tentativas do Presidente para “controlar e impedir a investigação de Mueller são semelhantes a outras tentativas de funcionários públicos e de pessoas em lugares de poder que vieram a resultar em acusações”.

De acordo com o relatório, assim que Donald Trump soube que estava a ser investigado, tentou afastar Robert Mueller e, quando percebeu que não iria conseguir fazê-lo (porque aqueles a quem deu essas ordens acabaram por não cumpri-las), tentou limitar os seus poderes através do então procurador-geral Jeff Sessions.

Sobre esta situação, a equipa de Mueller deixou claro no seu documento que “há indícios substanciais” de que Trump tentou impedir que alguém o investigasse e também à sua campanha para as eleições presidenciais de 2016.

Sobre as consequências legais da investigação, nada foi dito. Segundo o Expresso, o procurador especial referiu apenas que é tradição do Departamento de Justiça não acusar Presidentes em funções.

ZAP // Lusa

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