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Trump pede a apoiantes para pressionarem Congresso a não validar vitória de Biden

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Brainstorm Health, Gage Skidmore / Flickr

Joe Biden, Donald Trump

Donald Trump pediu esta segunda-feira aos seus apoiantes para se manifestarem em Washington a 6 de janeiro, numa última tentativa de pressionar o Congresso a não certificar a vitória de Joe Biden nas eleições.

Milhares de manifestantes são esperados nessa data na capital norte-americana para apoiar o presidente cessante e as suas acusações (não provadas) de fraude eleitoral na eleição presidencial de novembro, entre os quais elementos de grupos violentos de extrema-direita como os “Proud Boys”.

Durante o fim de semana, Trump utilizou o Twitter para exortar os seus seguidores a aderir ao protesto, apelidando o ato eleitoral de 3 de novembro como “a maior fraude da história do país”.

Vemo-nos em Washington no dia 6 de janeiro. Não falte”, apelou em duas publicações naquela rede social, pedindo aos manifestantes que pressionem o Congresso para reverter a sua derrota nas urnas.

O vice-presidente Mike Pence presidirá, a 6 de janeiro, a uma sessão do Congresso para certificar os votos do colégio eleitoral de cada Estado norte-americano, onde Joe Biden obteve os votos de 306 grandes eleitores contra os 232 de Donald Trump.

Na sessão conjunta com a Câmara dos Representantes e o Senado, Pence deverá cumprir a formalidade de abrir e ler os certificados que anunciam a contagem dos grandes eleitores de cada Estado antes de declarar o vencedor.

Mas Donald Trump e os seus apoiantes estão a tentar pressionar o vice-presidente para rejeitar os certificados eleitorais de Estados onde Joe Biden saiu vencedor, um poder que Pence não tem, de acordo com vários especialistas jurídicos do país.

Por falta de provas tangíveis para apoiar as acusações de “fraude maciça”, as cerca de 50 queixas apresentadas pelos apoiantes de Donald Trump nos Estados Unidos foram quase todas retiradas ou rejeitadas pelos tribunais.

Agências governamentais continuam a resistir à transição

O Presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, disse esta segunda-feira que ainda há “obstáculos” ao processo de transição entre administrações, em particular no que diz respeito ao Pentágono e ao Gabinete de Gestão e Orçamento.

“Encontrámos obstáculos por parte das lideranças políticas do Departamento da Defesa e do Gabinete de Gestão e Orçamento. A verdade é que muitas agências que são fulcrais para a nossa segurança sofreram danos enormes, muitas das quais foram esvaziadas de pessoal e de moral”, lamentou Biden, através de um discurso transmitido através da rede social Twitter, a partir de Wilmington, no Delaware.

O Presidente eleito acrescentou que a equipa responsável pela transição entre a administração do Presidente cessante, o republicano Donald Trump, e a de Biden ainda não tem “toda a informação” de que necessita em “áreas-chave para a segurança” do país.

“Não é nada mais do que, na minha perspetiva, irresponsável”, prosseguiu.

Joe Biden disse também que vai ser preciso reformular o Departamento da Defesa e “modernizar as prioridades” do Pentágono, em vez de “continuar a investir em excesso em sistemas” feitos para lidar “com ameaças do passado”.

“Precisamos de reinventar as nossas defesas contra novas ameaças, novos terrenos”, acrescentou Biden, explicitando que um desses terrenos é “o ciberespaço”.

O posicionamento dos Estados Unidos também é uma das prioridades que Biden mais tem evidenciado e não ficou de fora do seu discurso.

“Neste momento há um vazio enorme. Temos de reconquistar a confiança de um mundo que começou a encontrar maneira de nos contornar ou de trabalhar sem nós”, explicitou.

A menos de um mês de ser investido como o 46.º Presidente dos EUA, Biden disse que, além do Pentágono e do Gabinete de Gestão e Orçamento, as restantes agências federais têm contribuído para uma transição suave entre administrações.

A 18 de dezembro, o secretário da Defesa, Chris Miller, anunciou a suspensão unilateral das reuniões com a equipa de Biden até 1 de janeiro, uma decisão denunciada pelo democrata e apelidada de “resistência”.

A pouco mais de 24 dias da saída da Casa Branca, Donald Trump continua sem reconhecer a vitória de Biden nas presidenciais de 3 de novembro.

Agora isolado, Trump mantém a campanha de desinformação e de alegações que são falsas e cuja ausência de evidências foi comprovada de que houve uma congeminação democrata para viciar o resultado das eleições.

Contudo, depois de várias recontagens e investigações, não houve quaisquer provas de fraude eleitoral.

No início de dezembro, Trump substituiu a equipa do Conselho Comercial de Defesa do Pentágono, que tem caráter consultivo, para colocar aliados seus, informou na altura o órgão de comunicação social Politico.

A 9 de dezembro, o Presidente cessante despediu o Secretário da Defesa Mark Esper, que no verão se opôs ao envio de militares para as ruas de várias cidades para suprimir a contestação popular desencadeada depois do homicídio do cidadão afro-americano George Floyd. Chris Miller ocupou o cargo, entretanto.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. És mesmo igual ao Putin., Ditador. Se poderes ficas no governo para sempre e depois passa para a dinastia seguinte. USA não é um país democrático (talvez nunca tenha sido ou já não é ha muitas décadas), mas como este Louco não tiverem lá igual (nem o Busch).

  2. Se alguém tinha dúvida de que o homem era um psicopata, aqui têm… Cavalo de merd@ que ainda não percebeu que levou uma corrida em osso. Está a cair num ridículo tal que nunca mais terá hipótese de se recandidatar… O que é bom. Também… O mais certo é já ter esticado o pernil daqui a 5 anos.

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