Presidente dos EUA tinha proibido matrículas de estudantes estrangeiros. Juíza suspende decisão de Trump, medida congelada por duas semanas.
O Governo dos Estados Unidos proibiu na quinta-feira a Universidade de Harvard de continuar a matricular estudantes estrangeiros.
O Departamento de Segurança Interna indicou aos que já estão inscritos que se transfiram para outras universidades, sob risco de perderem o seu estatuto de imigração.
A universidade, a mais prestigiada dos Estados Unidos, respondeu ao executivo com uma ação judicial.
No dia seguinte, nesta sexta-feira, a juíza Allison D. Burroughs aceitou a suspensão temporária pedida por Harvard – numa universidade onde os estudantes internacionais representam 25% do total de alunos.
“Harvard demonstrou que, sem um pedido para restringir temporariamente [a ordem de Trump], sofrerá danos imediatos e irreparáveis“, observou a juíza.
A direção da universidade tinha alegado que o Governo dos EUA está a violar a Primeira Emenda e que a medida teria um “efeito imediato e devastador para Harvard e mais de 7000 portadores de visto”.
“O governo tentou apagar um quarto do corpo estudantil de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a universidade e a sua missão”, comentou a direção.
Para já, a proibição de alunos estrangeiros fica congelada durante duas semanas.
A magistrada agendou uma audiência sobre o caso para 27 de maio, terça-feira, que contará com a presença de representantes de ambos os lados.
Harvard processou o Governo republicano em abril para recuperar o seu financiamento federal congelado, de 2,6 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros), por alegados comportamentos antissemitas.
ZAP // Lusa