Allison Dinner / EPA

Donald Trump
EDP Renováveis caiu para o valor mais baixo desde março de 2020 depois de Trump dizer que os EUA vão ter uma política em que “não serão construídos” parques eólicos. Setor da energia na Europa perdeu 206 mil milhões.
Tudo começou com uma declaração do Presidente eleito dos EUA: o setor das energias renováveis enfrenta uma grande desvalorização na Europa e o efeito — que poderá afetar milhares de milhões de euros em projetos e aumentar o risco de investimento no setor — fez-se sentir em Lisboa.
Depois de Trump ter dito,durante uma conferência de imprensa na Florida, a 7 de janeiro, que os EUA vão “ter uma política em que não serão construídos parques de turbinas eólicas”, as ações da EDP Renováveis e da EDP caíram, resultando numa perda conjunta de 934 milhões de euros em valor de mercado.
A EDP Renováveis desvalorizou 4,92%, caindo para o valor mais baixo desde março de 2020, enquanto a EDP, que tem operações nos Estados Unidos há 18 anos, registou uma queda de 3,28% — um impacto que reflete a preocupação dos investidores com as restrições propostas para novos parques eólicos nos EUA, mercado crucial para as empresas de energias limpas.
Empresas europeias do setor das “utilities” também registaram perdas. A dinamarquesa Vestas e a alemã Siemens Energy caíram significativamente após as declarações de Trump. Analistas acreditam que a retórica do ex-presidente aumentou a perceção de risco para a indústria eólica, especialmente em projetos “offshore”.
“É a energia mais cara que existe. É muitas, muitas vezes mais cara do que o gás natural, por isso vamos ter uma política em que nenhum parque eólico será construído”, disse Trump.
Trump criticou os projetos por alegadamente serem caros e prejudiciais, referindo-se a iniciativas específicas, como um parque eólico na costa de Nova Jérsia, autoria da francesa EDF Renewables.
“Eles sujam o nosso país“, disse Trump citado pela Bloomberg. “Ninguém os quer e são muito caros”.
Trump prometeu emitir uma ordem executiva contra novos desenvolvimentos eólicos no primeiro dia do seu novo mandato, caso seja reeleito. O polémico Projeto 2025 desenhado por muitos ex-conselheiros de Trump e apontado como um guião para a sua presidência sugere várias medidas para acabar com o investimento nas energias renováveis e reforçar a aposta nos combustíveis fósseis.
O programa defende acabar com os apoios para a produção de carros elétricos em Detroid, acabar com os apoios públicos às energias renováveis e reverter uma conclusão crucial de 2009 da Agência Ambiental dos Estados Unidos de que o dióxido de carbono causa danos, uma posição que sustenta grande parte do esforço federal para controlar a poluição.
Pois… Isto das renováveis é um ‘negócio da China’ (literalmente) – grupos privados a mamarem subsídios, o dinheiro dos nossos impostos, para sermos muito ‘sustentáveis’. Agora perderam umas massas, os accionistas deses grupos. Não tenho pena, têm tido lucros fabulosos à conta do negócio da ‘transição energética’.
E a seguir mais vão levar nas orelhas: Big Pharma, Big Food (as cadeias de junk food, tipo mac, etc). Basta estar minimamente a par do que se está a passar na política norte-americana para perceber que MUITA COISA VAI MUDAR!
É bem feito !!!
… deviam perder muito mais, tendo em conta que já não servem a sociedade nem a população em geral, apenas eles próprios e respetivos acionistas…
Muitíssimo bem! Os parques eólicos são um absoluto desastre ecológico e os infrassons (ruídos de baixa frequência) originados pelas turbinas eólicas são um atentado à saúde de quem tem a pouca sorte de viver por perto. Quanto aos subsídios económicos, como já disse num comentário anterior, devem ser cortados a 100% em TODOS os casos… sem exceções! A função do Estado NÂO é financiar empresas privadas, embora possa… e deva!… fazer contratos mutuamente vantajosos om elas.
Em suma: anuncia-se uma era de maior equidade e ética nos negócios empresariais, sob a administração Trump, pese embora toda a resistência e maledicência dos imobistas e os “velhos do restelo”, entre os quais os OCS ocupam um lugar de relevo… infelizmente!!!