Um novo estudo sublinhou a importância de consumir mais proteínas e fibras, limitando ao mesmo tempo a ingestão de calorias, para conseguir perder peso.
Os resultados sugerem que aqueles que adaptaram a sua dieta de modo a incluir maiores quantidades de proteínas e fibras tiveram mais sucesso na perda de peso e na manutenção dessa perda.
O estudo, publicado recentemente na revista Obesity Science and Practice, mostrou que 41% dos participantes que seguiram o programa conseguiram perder 12,9% do seu peso no primeiro ano. Em contrapartida, os restantes participantes perderam apenas cerca de 2% do seu peso inicial.
“A mudança alimentar sustentável, que varia de pessoa para pessoa, deve ser alcançada para manter um peso saudável”, disse Manabu T. Nakamura, autor principal do estudo, em comunicado divulgado pela Universidade de Illinois.
Os princípios fundamentais do programa observado pela investigação envolvem o aumento da ingestão de proteínas e fibras, mantendo o consumo diário de calorias igual ou inferior a 1.500 calorias.
Em média, os participantes aumentaram a sua ingestão diária de proteínas para cerca de 80 gramas e a sua ingestão de fibras para cerca de 20 gramas.
O estudo revelou uma forte correlação inversa entre as quantidades de proteínas e fibras consumidas e a quantidade de peso perdido. Isto significa que os participantes que consumiram mais proteínas e fibras, mantendo uma ingestão baixa de calorias, tiveram mais probabilidades de perder peso.
Nakamura também salientou a importância de preservar a massa corporal magra durante a perda de peso, especialmente para aqueles que utilizam medicamentos para perder peso. O investigador alertou para o facto de, sem uma ingestão suficiente de proteínas, estes medicamentos poderem levar à perda de massa muscular e óssea.
Muitos dos participantes tinham comorbilidades como colesterol elevado, problemas esqueléticos e hipertensão. Curiosamente, os participantes diagnosticados com depressão perderam significativamente menos peso do que os outros, perdendo apenas cerca de 2,4% do seu peso inicial. No entanto, a perda de peso não diferiu significativamente entre os participantes com outros problemas de saúde.
A análise da composição corporal mostrou que os participantes que perderam peso perderam principalmente massa gorda, mantendo a massa muscular. Em média, os participantes perderam 7,1 quilogramas de gordura em seis meses, sendo que 78% da perda de peso foi proveniente da gordura.