Lucros da petrolífera superaram os mil milhões de euros em 2023 — um recorde que traz uma fatia de quase 150 milhões de euros à família mais rica de Portugal.
“A Galp alcançou um conjunto robusto de resultados impulsionados por um forte desempenho operacional em todos os negócios”.
Foi assim que Filipe Silva, CEO da petrolífera, parabenizou o crescimento de 13,7% da empresa relativamente ao ano anterior, após um investimento que, apesar de ter ultrapassado os 1052 milhões de euros — um terço dos quais (340 milhões de euros) feitos em Portugal — caiu face aos 1266 milhões de 2022.
Os lucros recorde atingiram os 1002 milhões de euros, face aos 881 milhões registados em 2022, de acordo com os dados publicados esta segunda-feira na Comissão do Mercado e Valores Mobiliários (CMVM).
Fazendo as contas, são cerca de 2,75 milhões de euros de lucro por dia durante o ano de 2023, e terão sido estes resultados positivos a levar a gestão a propor aos acionistas um aumento dos dividendos de dois cêntimos por ação, face ao valor pago o ano passado.
A proposta da administração, que prevê um dividendo de 0,54 euros por ação, dará cerca de 149 milhões de euros à Amorim Energia — holding do maior grupo empresarial familiar português, a família Amorim, lembra o Correio da Manhã esta terça-feira.
A holding detém 35,76% dos direitos de voto. Apesar de ser liderada pela matriarca Maria Fernanda Amorim, é a quarta geração da poderosa família, representada por Paula Amorim, a portuguesa mais poderosa no mundo dos negócios que preside o Conselho de Administração da Galp.
