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Travar Putin: 31 países colocam no mercado milhões de barris de petróleo

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President of Russia / Twitter

O Presidente russo, Vladimir Putin.

O Presidente russo, Vladimir Putin.

Joe Biden anunciou nova medida para tentar travar o presidente da Rússia de “usar os seus recursos energéticos como arma”.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou hoje que 30 países vão juntar-se aos Estados Unidos e colocar no mercado “dezenas de milhões” de barris de petróleo, para travar a escalada de preços devido à guerra na Ucrânia.

“As nações estão a unir-se para impedir [o Presidente russo Vladimir] Putin de usar os seus recursos energéticos como arma“, disse o chefe de Estado a repórteres na Casa Branca.

Biden anunciou que hoje mesmo 30 nações chegaram a um acordo para aumentar a oferta de petróleo no mercado, atender à procura e tentar baixar os preços.

O chefe de Estado norte-americano não revelou quais as nações que chegaram a esse acordo, mas na quinta-feira a Casa Branca anunciou que os EUA estavam a conversar com os 30 países que fazem parte da Agência Internacional de Energia (AIE).

Os membros da AIE realizaram hoje uma reunião extraordinária para discutir possíveis ações para dar estabilidade ao mercado internacional de petróleo.

Essa reunião ocorre apenas um dia após Biden ter ordenado a libertação de uma quantidade recorde das reservas de petróleo do seu país – um milhão de barris por dia ao longo dos próximos seis meses – para tentar conter o aumento dos preços.

O plano de Biden servirá para adicionar um total de 180 milhões de barris de petróleo ao mercado global (um milhão por dia durante 180 dias ou seis meses), mas o impacto pode ser relativo porque a contribuição dos EUA representa apenas 1% da procura global.

Além disso, a Rússia deixou de colocar no mercado cerca de três milhões de barris por dia.

Biden já revelou na terça-feira que estava a coordenar com os seus aliados em todo o mundo e que esperava que outras nações avançassem com contribuições entre os 30 e 50 milhões de barris de petróleo.

A AIE já concordou em 01 de março, uma semana após a invasão russa da Ucrânia, libertar 60 milhões de barris de petróleo das reservas estratégicas dos seus membros.

Na altura, os Estados Unidos colocaram 30 milhões de barris de petróleo no mercado, apenas metade do que a AIE concordou.

O anúncio de quinta-feira de Biden já surtiu efeito nos mercados e, de facto, o preço do ‘West Texas Intermediate’, que e é usado como referência na definição de preços do petróleo nos EUA, abriu hoje com queda de 1,3%, para 98,95 dólares (89,59 euros) o barril.

A AIE é constituída pela Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Eslováquia, Espanha, EUA, Noruega, Holanda, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Turquia.

// Lusa

17 Comments

  1. E quem trava Biden, que tanto fez para esta guerra acontecer e continuar. Os EUA são os principais benificiários desta guerra. Não estão minimamente interessados na paz, como se tem visto. Estão-se “cagando” para a Ucrânia, é apenas um instrumento para tentar destruir a Rússia. E o tóto do Putin mordeu o isco….

  2. No final da guerra lá estarão todos esquecidos do passado e a comprar tudo de novo ao Putin! Isto de memória fraca causa por vezes muitos contratempos, foi o caso agora, por (subestimado) as intenções de Putin e acabaram todos por ser surpreendidos, no futuro não será melhor rapaz, bem pelo contrário, procurará novas formas de atacar quem bem entender!

  3. A guerra na Ucrânia é apenas um sintoma de um fenómeno muito mais abrangente: o fim da hegemonia americana e do mundo anglófono. E a estúpida da Europa, em vez de construir com a Rússia um espaço económico e estratégico de Lisboa a Vladivostoque, que lhe garantiria a liberdade da tutela americana, continuou a ser o vassalo dos EUA. O preço a pagar por essa estupidez vai ser astronómico, mas talvez que a seguir compreendamos para onde nos devemos virar.

    • Completamente de acordo !E mais ,para os mais (adormecidos),pesquisem e vejam qual é o número 1 das exportações dos EUA!!! De 5 em 5 anos se não houver uma guerra, eles INVENTAM uma….
      A Europa e seus governantes que ACORDEM de uma vez !…..

  4. A maior parte da população anda “certa” ! Continuem a ver os “telejornais “ das TV’s, que eles informam o que vocês “querem” ouvir ou eles ….!!!!

  5. Isto esta cheio de Comunas Dementes ,com as mesmas teorias da conspiraçao de sempre, o proposito desta e outras Guerras sao para vender armas e nada mais ! Pacifistas descompensados , por mais velhos que cheguem nao alcançam a Idade Adulta

    • Neste caso há quem diga que não foi para vender armamento mas sim gás! E a realidade é que os acordos já foram assinados entre UE e EUA.

  6. Estão a pressionar a Russia para utilizar armamento nuclear. Com a retirada dos soldados russos de Kiev, o primeiro alvo já está disponível, depois pois vem a Polónia que está “mortinha” por receber bombas nucleares em troca do armamento que tem feito entrar na Ucrânia. Estão à espera que os EUA cuide do que restar? Estamos a ser arrastados para a pobreza e para uma guerra que não é a nossa!

  7. Correçao ,o que eu queria dizer ,que Nao se fazem guerras para vender armamento , os Maluquinhos da conspiraçao costumam achar que sim

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